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Roger Pereira

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União Brasil: fusão com o PSL custou caro para deputados do antigo DEM

Em setembro, deputado estadual Plauto Miró já se dizia arrependido de ter seguido no União Brasil. (Foto: Albari Rosa/ Arquivo/ Gazeta do Povo)

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Nenhum deputado estadual que estava no DEM no momento da fusão com o PSL, que originou o União Brasil, em fevereiro, conseguiu se reeleger. Apesar de o partido ter feito sete cadeiras na nova composição da Assembleia Legislativa, as vagas foram ocupadas por candidatos oriundos do PSL ou filiados ao União na janela partidária de março deste ano. A Nelson Justus, Dr. Batista e Plauto Miró, restou a suplência a partir do ano que vem. Elio Rusch sequer disputou a eleição.

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A bancada do União Brasil a partir de 2023 terá três deputados com histórico no PSL: Luíz Fernando Guerra, Do Carmo e Flávia Francischini; dois que trocaram o PSD pelo União para esta eleição, Ney Leprevost e Mauro Moraes; além de Tito Barichello (que disputou sua primeira eleição neste ano) e Thiago Bührer, filho do deputado estadual Francisco Bührer, ambos com histórico no PSDB.

A última cadeira do União Brasil ficou com Flávia Francischini, que recebeu 41,7 mil votos, superando Justus (38,7 mil), o primeiro suplente do partido. Dr. Batista está na segunda suplência, com 36 mil votos, e Plauto Miró é apenas o oitavo suplente, tendo recebido 21,7 mil votos.

Plauto foi, inclusive, o deputado que ficou mais incomodado com a situação. Depois de, durante a campanha, ter usado a Tribuna da Assembleia para criticar seu partido pela forma como vinha sendo conduzida a distribuição de recursos do Fundo Eleitoral, o deputado voltou a tocar neste assunto nesta semana, dizendo que os candidatos oriundos do DEM, assim como Nelson Luersen (que trocou o PDT pelo União Brasil na janela partidária e também não se reelegeu) foram prejudicados na divisão do fundão.

“Estavam privilegiando alguns poucos candidatos e a maioria não estava sendo contemplada. O Do Carmo recebeu R$ 700 mil, a Flávia Francischini recebeu R$ 1 milhão, usou o tempo de televisão como se fosse um longa metragem, com pouca proposta, mas falando do marido, que teria sofrido uma injustiça. O Ney Leprevost também recebeu mais de R$ 1 milhão, o Tito Barrichello também recebeu altas quantias. E nós recebemos praticamente zero deste fundo que é dinheiro público”, reclamou o deputado, na última terça-feira (4) na tribuna da Assembleia. “Ainda rastreei candidatas laranjas, que receberam mais de R$ 700 mil para fazer pouquíssimos votos. Vamos ver para onde foi esse dinheiro, vamos aguardar a prestação de contas e, se for o caso, denunciar ao Ministério Público Eleitoral”, concluiu. A direção estadual do União Brasil não comentou as queixas do deputado.

Sem os votos necessários para a reeleição, Plauto e Justus encerram uma sequência de oito mandatos consecutivos (32 anos) na Assembleia Legislativa.

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