Eu não tenho dúvida – e penso que todos aqueles sensatos, cujos olhos passarem por estas linhas, também não têm – de que existem, sim, verdades absolutas, valores inegociáveis e paradigmas incontestes. O relativismo, essa visão de popularidade fácil, que rejeita a objetividade, não oferece resistência ao seu próprio argumento, e degenera muito logo numa opinião boboca, bolha de sabão verbal. E, no que concerne à educação das nossas crianças, a falta dessa clareza pode ser bastante grave, pois dela depende o destino, real e concreto, de pessoas de verdade, desses seres humanos que são confiados pela Vida ao nosso cuidado e à nossa orientação.
A educação que oferecemos aos nossos filhos depende daquelas coisas que são, para nós, verdadeiras, as nossas crenças mais básicas conforme as quais norteamos as nossas ações – mais ou menos conscientemente, com maior ou menor semelhança com aquelas ideias que professamos verbalmente, e que talvez gostaríamos que fossem nossas verdadeiras crenças. Assim, quanto mais profundamente conscientes formos dos valores que nos norteiam, melhor; e quanto mais semelhantes forem a nossa palavra e a nossa vida, quanto mais coerentes formos como o paradigma que elegemos, melhor.
Até aqui, tudo isso vale igualmente para os partidários do relativismo, que, em princípio, podem buscar também uma “relativa coerência interna”. A sinuca deles começa quando afirmam que não há verdade, e sim “verdades”, igualmente válidas e de mesmo valor, e que afinal, como recorda o tango, “todo es igual, nada es mejor”. Por melhores que sejam suas intenções, a educação que oferecerão aos seus filhos será fragmentada, estremecida por qualquer vento de opinião. Valerá a “verdade” dos pais, ou a das crianças? Ou qualquer uma que vier de fora, do mundo? Portanto, não basta “sermos sinceros” quanto àquilo em que acreditamos, quanto à “nossa verdade”, apenas. Esse processo precisa, de fato, estar apoiado numa busca por desenterrar em nós a verdade em que cremos no fundo; mas em seu centro mesmo deve estar uma sincera e persistente busca por conhecer a verdade objetiva, e sobretudo por reconhecê-la, quero dizer, aceitá-la, não fechando os olhos quando for menos conveniente. Sem isso não vem o passo seguinte, que é obstinar-se em modelar nossas ações, pensamentos e sentimentos em concordância com ela.
Então, sim, é preciso nos esclarecermos sobre aquilo que é imprescindível na educação das crianças, quais são os pontos inegociáveis e os objetivos do nosso plano educativo, enfim, aquelas coisas que entendemos como sendo boas para o ser humano e que não podemos nos furtar de legar aos nossos filhos. Nós os ensinaremos a serem honestos, a falarem a verdade, a serem justos, perseverantes, estudiosos; mostraremos a eles que, na família, o amor é incondicional e que jamais os abandonaremos; queremos que sejam generosos, autônomos, livres. – Sim, é verdade... Mas atenção, pois também nisso existe um ardil.
Para saber como agir em cada momento, o mais importante é que nós estejamos atentos ao processo evolutivo pelo qual as crianças estão passando, e nos relacionemos com ele de uma maneira ativa e consciente, promovendo as alterações em nossa atitude
Nessa preocupação por se agarrar ao inegociável, por fazer qualquer coisa para dar essas coisas aos nossos filhos, custe o que custar, há pais que se agarram de forma estática e chapada aos ideais, grandiosos e inatingíveis, e correm o grave perigo de errar justamente por negligenciar a justa parcela de relatividade da vida: a que se dá na progressão no tempo. Muitos pais, honestamente comprometidos por dar a seus pequenos uma boa educação, aferram-se a alguns pontos de honra ou a alguns atributos como a coisas fixas, quase materiais, que não precisassem sofrer nenhuma adequação, nenhuma adaptação ou acomodação no caso concreto.
E não estou me referindo a “concessões”, no sentido de “não levar tudo a ferro e fogo” – não!, de modo algum me refiro a um laxismo dessa ordem. Falo da maneira própria de essas coisas se darem na realidade, na nossa realidade humana, que é sujeita ao tempo, e que faz com que a educação de um ser humano seja uma sucessão encadeada de fases, com seus períodos mais morosos, e também seus saltos; períodos que exigem firmeza e constância, e momentos que exigem uma ação rápida e cortante, além de todas as adaptações gradativas que esse jogo inclui.
Dois exemplos comuns, que ilustrarão de imediato o que quero dizer: o primeiro, pais que tratam seus filhinhos pequenos como se fossem mais velhos e já tivessem o dever de se controlar, como se já tivessem a capacidade de se guiar e uma consciência de moralidade, compreendendo condições complicadas e merecendo castigos – quando, na verdade, estão ainda muito aquém de tudo isso, e é de guiamento dos pais que precisam. Ou, segundo exemplo, pais que tratam seus filhos mais velhos como criancinhas de colo, que não lhes exigem nada e não lhes permitem dar os justos passos de seu amadurecimento, ou importunam os adolescentes com demandas infantis. Em ambos os casos, esses pais, por mais bem intencionados que sejam, e mais corretos em seus princípios, estão deslocados no tempo, desfocados quanto ao momento do processo, como quem abrisse uma crisálida antes da hora, ou então quisesse meter a borboleta ali dentro novamente.
Eu escutei uma frase muito tempo atrás e, desde então, ela não me saiu mais da cabeça, e eu já a repeti diversas vezes. Esta: “Criança é igual videogame: quando a gente acostuma, muda de fase”. Não são assim esses jogos? São pensados e desenvolvidos de tal maneira que, quando começamos a nos acostumar com seus desafios, a dominar os seus reveses e a sentir que somos bons jogadores, ah!, então termina aquela fase, e somos promovidos a uma nova. A uma nova em que tudo volta a ser difícil, e na qual temos novamente de engajar o nosso cérebro e a nossa coordenação... O que funciona numa fase não funciona na outra, embora o objetivo final do jogo continue, lá ao fim, sendo o mesmo. Essa progressão é que é a graça do negócio. Bem, parece que existe uma engraçada analogia entre o videogame e a educação de crianças, e que esta é uma boa maneira de pensarmos sobre a nossa maternidade, e os pais sobre a paternidade: há alguns conceitos com os quais concordamos, e que em si mesmos são de fato verdadeiros, mas que não podem ser aplicados igualmente em todos os momentos do crescimento das crianças, pois cada fase exige a sua acomodação própria, ainda que todas visem ao mesmo fim.
Falando assim, parece uma coisa óbvia. Mas acontece que, assim como o nosso cérebro pode levar um tempo para interpretar a nova fase do videogame, do mesmo modo na vida familiar a gente pode acabar “ligando o automático”, se confundindo e jogando o jogo errado. Gostaríamos que nosso filho fizesse tal coisa quando ele tivesse determinada idade, e acabamos aplicando a coisa imediatamente – e fracassando, é claro. Ou, em vez de se antecipar, continuamos repetindo algo que aprendemos a fazer com os bebês quando eles já estão chegando aos 4 anos – e começa a dar muito errado, é claro... Para saber como agir em cada momento, o mais importante é que nós estejamos atentos ao processo evolutivo pelo qual as crianças estão passando, e nos relacionemos com ele de uma maneira ativa e consciente, promovendo as alterações em nossa atitude, não às tontas, sempre com uma intencionalidade educativa; não apenas reagindo àquilo que vem deles, como se fossem estímulos para nós, pois assim seremos sempre pegas de surpresa, o salto não dará pé – e game over.
Vamos analisar brevemente três exemplos, três dessas coisas boas e verdadeiras que, contudo, carecem de atenção quanto ao momento e à forma em que serão oferecidas ou ensinadas, três das que há pouco mencionamos en passant: liberdade, autonomia, e segurança afetiva.
Primeiro, a liberdade. Sempre que o assunto é educação, não falta quem apareça para encher a boca e dizer que “é preciso respeitar a liberdade das crianças! O seu filho é uma pessoa única, e uma pessoa única tem seus próprios gostos, e deve tomar as próprias decisões. Não podemos ser mães superprotetoras, ou pior ainda, mais autoritárias, e tomar todas as decisões por eles. Então, se a criança não gosta de fazer determinada coisa, você, como mãe, não pode obrigá-la a fazer. Se ela tem um determinado jeito, você, como mãe, não pode querer mudar esse jeito e imprimir nela as suas próprias expectativas, que estão carregadas de escolhas ideológicas. O seu filho é uma outra pessoa diferente etc.”.
Isso é verdadeiro? É claro que sim. É coisa indiscutível que a criança é uma pessoa humana e, portanto, tem suas tendências individuais, seus talentos e defeitos próprios, seus gostos, preferências, e trilhará sua própria história. E é fato que tudo isso merece respeito; é fato que não queremos imprimir nas crianças uma conduta independentemente de quem elas são: não estamos amestrando animais nem programando robôs. No entanto, não podemos perder de vista que, quando as crianças são pequenas, até completarem seus 6 ou 7 anos, elas ainda não dispõem das faculdades da inteligência e da vontade, isto é, nem mesmo elas têm acesso pleno a suas capacidades de pessoa humana. O processo de amadurecimento dessas faculdades seguirá, pelo menos, até os 12.
Para que as crianças atinjam a autonomia em tudo – sono, alimentação, banho, escovação de dentes, pontualidade, organização, estudo – e nós possamos exigir essas coisas deles, é necessário antes que ensinemos como se faz. E não adianta ensinar uma vez
Para o ser humano empreender uma ação livre, é preciso que o faça de maneira consciente, isto é, que conheça a gradação de bem e mal relativo em cada uma das opções a cada momento, e que então delibere sobre aquilo que quer de fato fazer, articulando os elementos da circunstância e com força suficiente para não ceder às dificuldades que ela impõe. Se as crianças ainda não têm operantes as duas faculdades que lhes permitiriam fazer isso, é uma tolice acreditar que, deixando-as ao léu, para escolher o que querem ao seu próprio sabor, nós as estamos criando livres. Ao contrário: é conduzindo-as na conquista de bons hábitos, sendo para elas uma luz de interpretação do mundo e uma vontade auxiliar, durante as primeiras fases, que as capacitaremos para serem livres, quando o momento da maturidade chegar.
Conforme chega a adolescência, a coisa vai mudando de figura, e a mesma liberdade, que almejamos para eles desde o início, vai se concretizando de outra forma. A entrada na adolescência marca o progressivo aumento de autonomia que nós podemos lhes dar, acompanhando o quanto estão maduras para usarem, por si sós, a própria inteligência e vontade, e de assumir a responsabilidade por seus atos. É a hora em que as nossas palavras, em que uma boa conversa orientando sobre o que é bom e o que é mau, dando razões, passa a fazer sentido, um sentido que não havia antes, em argumentar com uma criança que não dispõe do uso da razão. Se nós respondíamos publicamente por tudo que nossos filhos faziam até então, a partir de agora essa atribuição passa a ser paulatinamente assumida pelo próprio adolescente, na medida em que queira ser respeitado como alguém crescido, até tornar-se um jovem adulto e se emancipar.
Algo semelhante vale para a autonomia. Como mães, desejamos que os nossos filhos sejam pessoas autônomas, que consigam fazer as coisas sozinhos, tocar a própria vida sem depender de que os outros façam as coisas para eles. Ora, é para isso que os estamos educando, não? Para a vida, e não para que fiquem agarrados à barra da nossa saia para sempre. Verdade? A mais pura verdade. Porém, onde erram os pais? Em querer que os filhos façam sozinhos as coisas que eles simplesmente não sabem fazer, porque não aprenderam ainda a fazer; em querer que eles tenham um autodomínio e um domínio de certos processos que é praticamente impossível aprender por conta própria, sem ensiná-los.
Dois exemplos clássicos são o sono e o estudo. Muitos pais creem ingenuamente que o corpo do bebê ou da criança pequena pode, por si só, desenvolver uma autonomia na condução de uma rotina de sono, que respeitasse suas necessidades biológicas, como se a criança não fosse guiada pelos sentidos, pela diversão e por todas as coisas que a estimulam ao seu redor, que a convidam a despertar. Não; somos nós que devemos conduzir o seu ânimo para o momento de dormir, e firmar o seu costume, o seu hábito de ir para a cama no horário certo, tanto à noite como nas sonecas, zelando para que repouse horas suficientes e tenha saúde e disposição para as atividades do dia. Ou por acaso nós, adultos, não precisamos respeitar certa disciplina para não dormir mais tarde do que deveríamos, acordar pontualmente pela manhã, e não dormir demais quando a ocasião se apresenta? A depender dos nossos desejos de rédea solta, não estaria bem cuidada a nossa saúde. Essa força de vontade que temos, a criança ainda não tem; portanto, mais uma vez: para que tenha a autonomia que desejamos para ela como um bem, é preciso antes formá-la nos bons hábitos, mostrando de perto como se faz, e conduzindo – o que, ao olhar desatento, que não leva em conta a progressão das fases do crescimento e da educação, parece o oposto da autonomia.
O mesmo vale para o exemplo do estudo: não adianta simplesmente ordenar que as crianças estudem, estipular os horários e exigir que sejam cumpridos e que os resultados sejam satisfatórios. Não adianta ralhar que “você precisa estudar para ser alguém na vida, a sua escola é cara, você tem oportunidades que outros gostariam de ter, e eu, na sua idade...”. Nada disso vai funcionar se, antes, não ensinarmos os nossos filhos a estudar, o que se dá, num primeiro momento, sentando mesmo ao seu lado, e mostrando, passo a passo, como se faz. A virtude da estudiosidade é uma conquista.
Enfim, para que as crianças atinjam a autonomia em tudo – sono, alimentação, banho, escovação de dentes, pontualidade, organização, estudo – e nós possamos exigir essas coisas deles, é necessário antes que ensinemos como se faz. E não adianta ensinar uma vez. É preciso ensinar durante muito tempo, de perto, pelo tempo necessário até que isso se introjete e você seja capaz de avaliar se realmente ele aprendeu, para que só então possa exigir. Isso, nesta idade dos primeiros anos, não é mimar, é ensinar de fato. Certamente a perspectiva e o nível de exigência muda com um adolescente que tenha sido bem educado. Parece o oposto da autonomia, mas não é: é a sua condição. Sim, educar é um longo processo, e o dinamismo da coisa está em compreender quando “mudamos de fase”.
Agora, sobre a segurança afetiva, um exemplo um pouco no sentido contrário ao dos dois anteriores. Devemos dar aos nossos pequenos a certeza de que são amados e queridos incondicionalmente, devemos fazer com que se sintam seguros e protegidos, conosco e no seio da nossa família. Sim, é evidente que sim. O que não quer dizer que, conforme eles crescem, não devamos exigir nada deles, nem lhes atribuir deveres dentro desse mesmo lar e ser firmes, com receio de que se sintam menos amados. Amar incondicionalmente, e fazê-los se sentir assim amados, não é o mesmo que alimentar as suas más inclinações, e deixá-los avançar na direção da preguiça, da gula, da inveja, do egoísmo. Quero que meu filho se sinta amado, então, quando ele me pede, dou a comidinha em sua boca, e sorrio sempre: “É claro, meu amor”. Ou então: “Filho, deixa que a mamãe amarre seus sapatos. Meu filho, deixa que a mamãe faça a cama para você. Deixa que a Joana, que trabalha aqui em casa, arrume os seus brinquedos para vocês, já que você tem tanta coisa para fazer, ir para o futebol, a natação, o inglês. Sim, pode dormir na cama com a gente. Não precisa ajudar a mamãe a limpar, não, pode ir brincar... Deixa que eu lavo a louça, deixa que eu faço tudo. A mamãe te ama, então deixa que eu faça tudo por você!” Assim, a “segurança afetiva”, que é uma coisa boa e necessária, estará avançando sem nuances, com o mesmo peso e os mesmos traços para fases subsequentes, impedindo que seus desafios próprios emerjam. Descompassada no processo evolutivo, ela não só impede progressos como causa alguns males, por vezes graves. Quando tratamos crianças mais velhas como bebezinhos, o afeto se torna, aí sim, condescendência, mimo.
É preciso sempre compreender em que momento aquela criança, aquele adolescente ou jovem está, e qual é o próximo passo; o que já foi conquistado, e pode ser exigido, e qual é o próximo desafio, em que fase nós estamos para vencer esse jogo
Em nome da segurança afetiva, há quem pense ser preciso, também, fazer tudo exatamente igual com todos os filhos, e tratá-los sempre de maneira idêntica, acreditando que, se for de outro modo, um vai se sentir mais amado que o outro, ou até mesmo rejeitado. Isso é um erro, pois cada criança é diferente: além de serem pessoas diferentes, com seus temperamentos e tendências próprios, têm idades diferentes, e estão em momentos diferentes do seu desenvolvimento. Atender às exigências emocionais de cada uma delas requer, exatamente, compreender a fase, e não acachapar um padrão de comportamento idêntico. Equanimidade, sim, e não igualdade, é dar a cada um dos nossos filhos aquilo de que ele precisa em cada momento, considerando todas as coisas.
Os exemplos, para ilustrar essa questão, poderiam se multiplicar ao infinito, porque tudo na educação, sempre, tem a ver com esse ponto. É preciso sempre compreender em que momento aquela criança, aquele adolescente ou jovem está, e qual é o próximo passo; o que já foi conquistado, e pode ser exigido, e qual é o próximo desafio, em que fase nós estamos para vencer esse jogo. As crianças mudam desde que nascem, e logo nas primeiras semanas nós já precisamos estar atentos para acompanhar seus novos passos na amamentação, e depois nas cólicas, na chupeta, e no caminhar, na fala, no desfralde... até que, num piscar de olhos, estaremos mostrando para eles as coisas ruins do mundo, que até há pouco escondíamos, porque estão prontos para as compreender de forma madura, e para pensá-las criticamente. Veremos, com lágrimas nos olhos, o fruto da nossa paciência.
Na maternidade, não se trata apenas de conhecer a marcha e ir tocando em frente, de pensar “agora aprendi a fazer, é só seguir”, ou “isso deu certo, basta repetir”. Temos de estar constantemente revisando e repensando as nossas atitudes educativas, percebendo o passo e o avanço das etapas de aprendizado, e, sempre com a intenção de perseguir aquelas verdades e aqueles valores que não negociamos, que são o bem que legaremos aos nossos filhos, acomodando nossas ações às novas circunstâncias e especificidades de cada momento. E nós mesmos, como mães e pais, vamos a todo momento mudar de fase junto com os nossos filhos, para com eles, no fim do jogo, partilharmos a vitória.
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