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O Governo Lula está perdido e não tem projeto para o país.
Em 2026, será derrotado nas eleições e os três mandatos de Lula serão uma página – ruim – virada na nossa história.
Antecipando a derrota, nem mesmo partidos com ministérios no Governo, como União Brasil, PP, Republicanos e PSD, se sentem constrangidos em tratar abertamente de candidaturas oposicionistas ao PT.
O Governo tem ajudado na percepção de que está na reta final.
A semana foi marcada pela estupidez da elevação do IOF sobre operações financeiras. O improviso da medida e a reação negativa do mercado foram tão grandes que no dia seguinte parte dela, que instituiria um disfarçado controle de capital, foi revogada pelo próprio Governo.
Apesar da revogação parcial, parte da medida ainda afeta o país. O Governo teve a “brilhante” ideia de elevar o imposto sobre operações financeiras em um cenário com a taxa de juros básica já em 14,75% ao ano, encarecendo ainda mais o crédito e o financiamento no país.
O argumento de que o aumento era necessário para fechar as contas não convence. O Governo dos 39 Ministérios precisa cortar gastos, viagens, privilégios, e retomar a agenda de reformas.
Ao contrário disso, o Governo Lula entrou no modo reeleição e passou a adotar medidas populistas, isenção de IR, isenção de conta de luz e ampliação do auxílio-gás, acelerando o país rumo à bancarrota. Reproduzo análise que recebi de um dos maiores economistas do país e que vou manter anônimo:
“O tema do IOF é uma lambança gigante .
O projeto elétrico é péssimo.
O do gás também.
Estamos fazendo sempre mais do mesmo.
Vamos estimular a demanda de curto prazo e financiar com o dinheiro que poderia ser destinado a aumentar a produção no médio prazo (capital e estoque de poupança). Isto significa menor produtividade e uma inflação estrutural maior. Nossos empresários se mudando para o Uruguai e a base de arrecadação diminuindo. As empresas já não querem fazer listagem na bolsa no Brasil e preferem ir para fora.
O Congresso precisa dar um freio nisto”
Quanto ao último ponto, a oposição é crescente e é provável que o aumento do IOF seja suspenso por decreto legislativo em breve ou revogado pelo próprio Governo.
Nessa última semana, o Governo teve uma amostra do que pode acontecer. Foi aprovado no Senado projeto de minha relatoria que suspende decretos de demarcação de terras indígenas editados pelo Governo Lula que violavam a Lei 14.701/2023 do Marco Temporal.
Em rápida síntese, o Congresso aprovou, com ampla maioria e inclusive com derrubada de vetos, a lei que estabeleceu o Marco Temporal e novos parâmetros e procedimentos para demarcações de terras indígenas. O Governo Lula ignorou a lei e editou decretos de demarcação de terras em Santa Catarina sem observância do novo marco normativo.
A suspensão serve como alerta para o Governo Lula não demarcar novas terras indígenas sem observar a Lei do Marco Temporal, o que traz mais segurança para as pessoas e comunidades envolvidas. Até mesmo no Paraná, há áreas, como em Guaíra e em Terra Roxa, nas quais o desrespeito à Lei do Marco Temporal pelo Governo tem gerado insegurança e conflitos.
O projeto ainda vai à Câmara, mas é uma amostra de que muitas derrotas ainda virão antes do melancólico final deste Governo do improviso.
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