O 7 de setembro foi marcado por mobilizações populares em defesa do Brasil contra a tirania e em favor da liberdade, com cidadãos vestindo as cores nacionais em honra à história de luta do país. As manifestações exigiram que os governantes respeitem as leis, a Constituição e os direitos de expressão e manifestação. Este cenário ocorre após uma semana de intensos acontecimentos que incluíram um "circo de horror" no Supremo Tribunal Federal (STF) e importantes movimentações no Congresso Nacional.
A semana foi dominada, inicialmente, pelo julgamento do suposto golpe no STF, que teve início em 2 de setembro. Este processo pode ser chamado de "rito condenatório antecipado", que busca consolidar a narrativa de um golpe que nunca aconteceu, com ativistas políticos "infiltrados" no STF.
Revelações da "Vaza Toga" e a Contaminação do Julgamento
Enquanto o foco midiático se voltava para o STF, acontecimentos cruciais se desenrolavam no Congresso. Na Comissão de Segurança Pública do Senado, Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes durante a presidência do TSE em 2022, trouxe novas informações da chamada "Vaza Toga". Ele revelou que a operação de busca e apreensão contra empresários, que supostamente conversavam em um grupo de WhatsApp e foram acusados de atos antidemocráticos, não possuía "sequer uma prova para justificar a ação policial".
Segundo Tagliaferro, toda a ação foi justificada unicamente por um print de uma matéria de Guilherme Amado, então jornalista do Metrópolis, um veículo que, na época, atuava com uma linha editorial pró-Lula e anti-Bolsonaro. Os empresários, incluindo Luciano Hang, que sequer havia comentado no grupo, foram difamados, tiveram suas vidas vasculhadas e alguns ficaram impedidos de usar redes sociais ou foram considerados inelegíveis, tudo isso sem investigação pública ou provas concretas sobre atos antidemocráticos.
Diante dessas revelações o julgamento no STF está "contaminado" e Ministro Luís Roberto Barroso deveria, de ofício, interromper o processo. O Senado, liderado por Davi Alcolumbre, também é deveria agir diante dessas evidências.
Desembarque Político no Governo Lula
Simultaneamente, na Câmara dos Deputados, uma entrevista coletiva marcou o anúncio do desembarque do União Brasil e do Partido Progressista (PP) do governo Lula. Antônio Rueda, presidente do União Brasil, e o senador Ciro Nogueira, presidente do PP, comunicaram que os detentores de mandato desses partidos deveriam renunciar a qualquer função no governo federal, sob pena de afastamento ou punições disciplinares.
Na prática, a Federação União Progressista determinou que dois dos quatro ministros ligados a esses partidos no governo Lula — Celso Sabino (Turismo, União Brasil) e André Fufuca (Esporte, PP) — têm 30 dias para deixar seus cargos. Caso contrário, serão obrigados a sair dos partidos. Os outros dois ministros ligados ao União Brasil, Valdes Gois (Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Comunicações), indicados por Davi Alcolumbre, enfrentam uma situação delicada, e a permanência no governo seria vista negativamente para eles e para o senador.
Essa decisão é interpretada por muitos como uma jogada eleitoreira, fruto do fisiologismo, a conveniência, o oportunismo de partidos que estavam no governo Lula até agora. O Centrão é historicamente conhecido por abandonar governos quando a barca começa a afundar. A expectativa é que outros partidos, como Republicanos e PSD, também possam desembarcar do governo nos próximos dias ou semanas, cada um com três ministros.
Mesmo com a saída de apenas dois ministros, o desembarque da Federação União Progressista enfraquece significativamente a base do governo no Congresso, impactando as votações. Este movimento reforça a pressão pela votação do Projeto de Lei da Anistia e pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes no Senado.
Setembro, portanto, configura-se como um período de reafirmação do compromisso com a liberdade e a verdade no Brasil, exigindo luta por um país livre de censura e do regime que, na visão da fonte, se instalou.




