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Colega de trabalho oferecendo suporte emocional
É fácil pensar que habilidades técnicas são tudo o que importa em um mundo tecnológico, mas essa não é a realidade.| Foto: Freepik

Já falei em colunas anteriores como muitas pessoas perdem a mão ao pensar em Soft e Hard Skills. Se você ainda não conhece os termos, Soft Skills se referem às habilidades interpessoais e emocionais, enquanto Hard Skills estão relacionadas a habilidades técnicas. Nos últimos 10 anos, tivemos um boom de Soft Skills, com muitas empresas focando seus treinamentos internos para este tipo de habilidade. Como sempre defendi, há de se ter um equilíbrio entre as duas, coisa que muita gente e muitas empresas esquecem.

Estamos caminhando para um mundo ultratecnológico, como você já deve ter percebido. Tecnologias como Inteligência Artificial e Smart Contracts irão automatizar centenas de tarefas e trazer grandes ganhos de produtividade.

É fácil pensar que habilidades técnicas são tudo o que importa em um mundo tecnológico, mas essa não é a realidade. Na verdade, as Soft Skills são igualmente essenciais para o avanço das nossas carreiras. Embora a tecnologia possa automatizar tarefas e processos, ela ainda não pode substituir a empatia, comunicação, liderança e outras habilidades interpessoais que são vitais para o sucesso profissional.

Em um mundo altamente tecnológico, as Soft Skills se tornarão ainda mais importantes.

Deparo-me todos os dias com profissionais que são altamente qualificados tecnicamente, mas que ainda não levam as Soft Skills tão a sério quanto deveriam. Podemos, sim, automatizar diversos aspectos do nosso trabalho ao longo das próximas décadas. Não é exagero acreditar que boa parte das tarefas que você realiza hoje serão automatizadas.

Neste cenário, acontecerá o movimento Pendular da Inovação, sobre o qual já falei em outras oportunidades. O mercado de streaming de música, por exemplo, fez o mercado de vendas de discos de vinil bater recordes. Isso acontece pois a inovação funciona de forma pendular. Se temos experiências cada vez mais digitais, por um lado, com streamings, a experiência de ouvirmos músicas de forma mais analógica, com vinis, se tornou mais atrativa.

O mesmo irá ocorrer com as habilidades. Em um mundo repleto de automação, robôs, algoritmos, e assim por diante, habilidades humanas, empatia e olho no olho serão cada vez mais importantes, justamente porque irão se tornar menos comuns.

Fica a dica: preparar-se tecnicamente para um mundo dominado por ChatGPT, Midjourney, Ethereum e afins continua sendo fundamental e, se você ainda não está caminhando nessa direção, eu diria que você já está atrasado. Contudo, tão importante quanto - se não for ainda mais importante - é também prestar atenção nas habilidades humanas que serão potencializadas por todo este mundo ultratecnológico para o qual caminhamos a passos largos.

Lembre-se: inovação é, entre outras coisas, aquilo que é raro. E em um mundo dominado por inteligência de máquina, as habilidades humanas cada vez mais serão o que fará a diferença.

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