Crossover agrada pela maciez e estabilidade
Embora seja um carro com dimensões avantajadas – afinal, falamos aqui de um utilitário, mesmo que compacto –, o HR-V chama a atenção pela direção macia, pela estabilidade e pela leveza no volante ao realizar curvas e conversões. Tanto que, ao longo do test-drive de pouco mais de 100 km feito em uma rodovia entre o Distrito Federal e Goiás, o SUV não fugiu das mãos mesmo em velocidades mais altas.Com isso, a escolha do motor 1.8 do Civic se mostrou certeira, não deixando nada a desejar.
Por dentro, o jipinho é sóbrio e conservador, enquanto o painel central agrada por ser levemente direcionado ao motorista. Com a incorporação do freio de estacionamento eletrônico, o console central foi elevado, o que facilitou o armazenamento de objetos e o manuseio dos controles, mas dificultou o acesso das entradas AUX e HDMI pelo motorista na versão EXR. De acordo com a Honda, a elevação se deve a uma tentativa de criar dois ambientes distintos ao condutor e ao carona. O espaço interno também chama a atenção, com ampla área para os ocupantes de trás, que pode facilmente acomodar cinco pessoas.
Grande aposta da Honda para o mercado brasileiro, o HR-V dá início ao primeiro capítulo da artilharia pesada que o Fod EcoSport enfrentará neste ano – o modelo, ao lado do Renault Duster, é o líder do segmento dos SUVs compactos no país. As vendas começarão a partir do dia 20, com preços que variam entre os R$ 70 mil e os R$ 88 mil.
Conforme a montadora, o utilitário responderá por pelo menos 50% da produção local, o que significará, em um primeiro momento, menos unidades fabricadas do Fit – carro mais vendido da marca atualmente –, City e Civic. Por enquanto, os quatro serão feitos em Sumaré (SP) até dezembro deste ano, mês em que a japonesa abrirá uma nova fábrica em Itirapina (SP), de onde sairá exclusivamente o monovolume compacto.
A ambição da Honda é alta. Com previsão de 50 mil unidades vendidas até o fim deste ano – sendo sete mil importadas da Argentina –, o HR-V é um projeto global que procura combinar as dimensões e a posição alta de um SUV com o ajuste de suspensão próximo ao de um sedã.
De fábrica
Veja os itens de série de cada versão:
LX – R$ 69,9 mil (M) e
R$ 75,4 mil (CVT)
Direção elétrica, rodas aro 17” de aço com calota (M) e liga leve (CVT), lanternas traseiras em led, acabamento em couro nos encostos das portas e do console central, ar-condicionado, freio de estacionamento eletrônico, sistemas de distribuição de frenagem (EBD) e brake hold, assistentes em rampa (HSA) e de tração e estabilidade, bancos traseiros bipartidos, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, central multimídia com entradas USB, AUX e CD e quatro alto falantes.
EX – R$ 80,4 mil
Adiciona câmera de ré, farol de neblina, rack de teto, volante multifuncional com acabamento em couro, central multimídia com tela sensível ao toque de 5” e piloto automático.
EXL – R$ 88,7 mil
Acrescenta rebatimento de retrovisores tilt down, air bags laterais, ar digital, central multimídia com tela sensível ao toque de 7”, GPS integrado, duas entradas USB e uma HDMI, aletas atrás do volante que simulam sete velocidades, bancos em couro e alto falantes com dois tweeters.
De série
O utilitário será vendido em três versões: LX (manual e automática), EX (automática CVT) e EXR (automática CVT com aletas atrás do volante). Todas vêm com o mesmo motor 1.8 i-VTEC flex que equipa o Civic, com 140 cv de potência e 17,4 kgfm de torque máximos. Na lista dos itens de série entram ainda o freio de estacionamento eletrônico, ar-condicionado, vidros elétricos acionados por um toque, sistema de som com CD, entrada USB e bluetooth e atendimento de ligações telefônicas por meio de comandos no volante.
As três possuem também controle de tração e estabilidade, distribuição de frenagem (EBD), sistema de direção adaptativa – que torna o volante mais rígido ou macio conforme a situação –, assistente de partida em rampa (HSA), acionamento automático do freio de estacionamento (brake hold) e rodas de 17”. Serão sete cores disponíveis aos clientes, com uma opção de vermelho vinho exclusiva do modelo, que custará R$ 1,2 mil.
A versão EX acrescentará volante com revestimento em couro, piloto automático e central multimídia com tela sensível ao toque de 5”. Por sua vez, a topo de linha terá bancos em couro, ar digital touchscreen, airbags laterais e central multimídia multitouch de 7” com navegador integrado e duas entradas USB e uma HDMI, com espelhamento de aparelhos eletrônicos, como celulares, tablets e câmeras, na tela. A EXR é equipada com câmera de ré e guias que indicam a trajetória do veículo. A expectativa é que a versão mais cara represente cerca de 46% das vendas do modelo em 2015.
*O jornalista viajou a convite da Honda
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