Saiba melhor sobre cirurgias íntimas e como podem ajudar sua relação consigo mesma
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  • Por Dr. Leonardo Pereira Fernandes - CRM-PR: 30904 - Cirurgia Plástica RQE: 2732
  • 26/05/2021 16:23

A baixa autoestima é muito mais do que um problema interior e particular. Afinal, a forma como uma pessoa se enxerga é o que pauta sua relação com o mundo - incluindo, é claro, a dinâmica dentro do casamento.

Nesse contexto, muitas mulheres têm buscado por cirurgias íntimas, na tentativa de ressignificar a relação com o parceiro, e descobrem que as plásticas genitais podem ser uma alternativa para transformar a relação consigo mesmas. E todo o resto poderá melhorar como consequência.

Como a cirurgia íntima pode ajudar sua relação consigo mesma

As cirurgias íntimas ainda são cercadas de tabus, porque muita gente insiste em classificar esses procedimentos como uma frivolidade. No entanto, a verdade é que essas intervenções são, muitas vezes, o melhor trajeto para a correção de características físicas que causam feridas emocionais profundas.

Com o passar do tempo, a anatomia muda - e isso inclui a região genital. Quem já teve filhos por parto natural, por exemplo, sabe que não é incomum enfrentar alterações no canal vaginal. Essas mudanças podem levar a desconfortos muito significativos, como sangramentos, dores e quedas na qualidade da vida sexual.

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São transformações que tiram da mulher o direito ao prazer, conforto e bem estar, e o substituem por um constrangimento constante, além de criarem insatisfações que podem evoluir para problemas mais sérios, como quadros de depressão e transtornos de ansiedade.

A ação das plásticas genitais sobre os relacionamentos não é sobre realizar um capricho do parceiro, mas sim sobre A tentativa em devolver à mulher a possibilidade de se sentir à vontade com o próprio corpo, vivendo com mais leveza e segurança, criando assim uma via de reconexão com a pessoa que escolheu para dividir a vida.

Com todo esse potencial, não é à toa que as cirurgias íntimas têm estado em alta no Brasil, nos últimos anos. De acordo com uma pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, da sigla em inglês) divulgada em 2017, o país liderava o ranking de número anual de ninfoplastias - um tipo de plástica genital. Ao todo, são realizados mais de 20 mil procedimentos por ano.

O que a cirurgia íntima pode auxiliar?

Há várias formas de modificar imperfeições ou aspectos anatômicos que simplesmente não agradam a mulher.

A ninfoplastia é uma das mais populares. O procedimento, também conhecido popularmente como “cirurgia da intimidade”, é feito para alterar os pequenos lábios vaginais - geralmente para redução. Muitas pacientes optam também por uma lipoaspiração local para acompanhar a intervenção, retirando as “gordurinhas” que incomodam.

No entanto, essas não são as únicas opções. Também existem cirurgias para quem deseja modificar os grandes lábios — aquelas “dobrinhas” de pele, reduzir o monte de Vênus (onde crescem os pelos pubianos) — e plásticas na cavidade vaginal (mais conhecidas como vaginoplastias).

Os procedimentos podem ser combinados entre si e/ou associados com outras modalidades, como a retirada de pele excedente e o preenchimento vaginal, que rejuvenesce os tecidos da região.

O importante é conversar com um profissional de confiança e deixar seus objetivos claros. Assim, junto ao médico, é possível alinhar expectativas e escolher um tipo de cirurgia íntima mais adequado ao seu caso.

Como escolher um especialista em cirurgia íntima?

Antes de mais nada, é indispensável verificar se o médico é realmente um especialista capacitado. Para isso, você pode utilizar o serviço de “Busca por Médicos” no site do Conselho Federal de Medicina (www.cfm.org.br). Outro detalhe importante é conferir se o profissional é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Dr. Leonardo Pereira Fernandes, cirurgião plástico (CRM/PR 30904, RQE 2732). É também membro internacional na Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS, na sigla em inglês).