O dólar fechou em leve alta ante o real nesta segunda-feira, num dia marcado pela aversão a risco no exterior devido à turbulência política na Líbia.
O baixo volume de negócios sugeriu a ausência de boa parte dos players do mercado de câmbio, com o giro nos demais segmentos também se mostrando menor em meio ao feriado do Dia dos Presidentes nos Estados Unidos.
A moeda norte-americana terminou valorizada em 0,24%, a 1,668 real na venda. Contra uma cesta de divisas, o dólar operava quase estável, enquanto o euro perdia 0,13%, a 1,3688 dólar.
"O feriado nos Estados Unidos está deixando o mercado bem esvaziado nesta segunda-feira. A gente vê um viés de alta, mas basicamente porque alguns investidores estão aproveitando o preço barato do dólar para comprar um pouco", afirmou José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença.
A taxa de câmbio encerrou na sexta-feira em torno das mínimas em uma semana, apesar de o Banco Central alternar leilões de compra nos mercados à vista, a termo e futuro para tentar coibir uma depreciação acentuada do dólar.
"O BC até pode atuar todos os dias, comprando nos três mercados, mas ainda tem muito dinheiro entrando no Brasil, e isso ele (o BC) não consegue impedir", comentou Reginaldo Galhardo, gerente da Treviso Corretora de Câmbio.
Nesta sessão, a autoridade monetária realizou dois leilões de aquisição de dólares no segmento a termo, definindo como corte as taxas de 1,6701 real e 1,6736 real, respectivamente.
De acordo com dados da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa, o volume do mercado somava cerca de 500 milhões de dólares até pouco antes do fechamento.
"Estamos neutros com relação ao real, considerando que uma desvalorização na taxa de câmbio pode estimular posições compradas em real", escreveram em relatório analistas do banco francês BNP Paribas.
De acordo com Galhardo, os desdobramentos da crise política observada no mundo árabe também abriram espaço para a valorização do dólar, diante da maior aversão a risco no exterior.
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