O presidente-executivo da General Motors, Fritz Henderson, afirmou que a montadora ainda pode se reestruturar fora do tribunal, mas advertiu que é mais provável que a companhia precise entrar com pedido de proteção contra falência para completar o processo.
Henderson disse que a montadora não enfrenta pressão da força-tarefa para o setor automotivo, montada pelo governo dos EUA, para tomar a decisão. A GM ainda prefere se reestruturar sem entrar com o pedido de recuperação judicial, mas estaria preparada para entrar com pedido de proteção contra a falência se necessário, disse o executivo.
Henderson afirmou também que a montadora ainda planeja manter suas quatro marcas centrais - Chevrolet, Cadillac, Pontiac e GMC -, mas que está examinado todos os elementos de sua estratégia de marcas.
Ele classificou como "especulação" as reportagens dando conta de que a GM eliminaria uma das marcas principais.
Na primeira de uma série de teleconferências, que segundo o executivo passarão a ser feitas regularmente, Henderson disse que o trabalho da GM com o Tesouro norte-americano tem sido como um processo de análise detalhada de informações por uma private equity.
A GM está operando sob uma ajuda emergencial do governo norte-americano e foi informada pela força-tarefa do setor automotivo no final de março que terá de aprofundar e acelerar seu plano de recuperação em decorrência da ajuda recebida e para conseguir apoio adicional.
Se a montadora não conseguir completar sua recuperação, que inclui chegar a acordos para realizar reduções profundas em parte dos 28 bilhões de dólares da dívida não segurada, acordos para cortar custos trabalhistas e reelaboração de custos com saúde dos funcionários, ela pode ser forçada a entrar com pedido de proteção contra a falência.
O executivo destacou ainda que a montadora encontrou mais de seis investidores potenciais para sua unidade europeia Opel.
Henderson, que se tornou presidente-executivo quando o governo do presidente Barack Obama afastou Rick Wagoner do cargo, dirige uma companhia que acumula prejuízo de 82 bilhões de dólares desde 2005.
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