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Finanças pessoais

A (difícil) fórmula para chegar ao primeiro milhão antes dos 30 anos

 | Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Enriquecer é um processo que, na maioria das vezes, leva uma vida de trabalho e persistência. No entanto, uma receita que combina boa fonte de renda, disciplina e dedicação tem sido usada por alguns jovens para conquistar a sonhada meta do primeiro R$ 1 milhão. Segundo especialistas, não existe investimento mágico para atingir o objetivo, mas a fórmula de sucesso vale para qualquer um disposto a poupar e investir.

Segundo o educador financeiro e autor do livro Quero ficar rico, Rafael Seabra, acumular patrimônio depende de três fatores: quantia de investimento mensal, tempo disponível para deixar o dinheiro aplicado e rentabilidade do investimento. “Se o dinheiro é pouco e o tempo é curto, a rentabilidade do investimento precisaria ser muito acima da média, e isso não é garantido nem há como prever”.

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Em um exemplo, Seabra calculou que se uma pessoa tem 18 anos e quer acumular R$ 1 milhão até os 30, precisaria investir mensalmente R$ 1.100 a uma rentabilidade de 2% ao mês. Além dessa rentabilidade ser difícil de ser encontrada (boas aplicações em renda fixa rendem em torno de 1% ao mês), ainda é preciso descontar a inflação e o Imposto de Renda.

Além disso, acumular mais de R$ 1 mil por mês está fora da realidade de muitos brasileiros: a renda média ficou em R$ 2.025 no trimestre encerrado em outubro de 2016, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE. Ou seja, para boa parte da população, isso significaria poupar mais de 50% da renda mensal.

Outro levantamento, do aplicativo de gestão financeira GuiaBolso, mostra o cenário apertado que é realidade de boa parte da população: nas classes C, D e E, mais de 80% dos ganhos estão comprometidos com o pagamento de contas fixas.

Diante disso, Seabra diz que o segredo para poupar é repensar o estilo de vida. “O montante a ser investido é a diferença entre quanto você ganha e quanto você gasta”, diz. Por isso, é preciso encontrar formas de ganhar o máximo possível e gastar o mínimo, maximizando a quantidade de dinheiro que poderá investir. “O mais importante é mudar os hábitos financeiros e se capacitar para aumentar a renda, em vez de procurar um investimento mágico. Isso não existe”.

Segundo o educador financeiro Rafael Seabra, um problema recorrente é que muitos jovens querem alcançar a meta do primeiro milhão em um “passe de mágica”, sem ter disciplina com o próprio orçamento. Ele orienta a acumular o máximo possível enquanto o custo de vida ainda é baixo, quando o jovem ainda mora com os pais, por exemplo.

Para Felipe Macedo, sócio da Messem Investimentos (escritório credenciado a XP Investimentos) e assessor de Cobalchini, o “pulo do gato” de seu cliente foi economizar e estudar investimentos e finanças. “Ele diversificou a carteira e aumentou a rentabilidade mesmo mantendo perfil conservador”.

Hoje, ele investe em debêntures, Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), fundos multimercados, Tesouro Direto e ações.

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