Sob pressão do governo argentino para renunciar ao cargo, o presidente do Banco Central (BC), Martín Redrado, não conduziu nesta quinta (7) a reunião do diretório do órgão. A reunião foi comandada pelo vice-presidente, Miguel Pesce.
Segundo a Telam, agência de notícias oficial a Argentina, Redrado comunicou na noite de quarta (6) que não participaria do encontro.
Desde ontem, a presidente Cristina Kirchner defende a demissão de Redrado. Ambos divergem sobre a condução da política econômica no país. Para Kirchner, o BC deveria liberar recursos das reservas para o pagamento da dívida externa, mas Redrado é contra. A pressão pela saída de Redrado gerou uma nova crise no país vizinho.
Redrado reiterou hoje que não vai deixar o cargo. Estou trabalhando como nos últimos cinco nos para garantir a estabilidade financeira, a previsibilidade cambiária, que são elementos indispensáveis para assegurar o crescimento e a tranquilidade de todos os argentinos, disse ele.
Paralelamente a oposição a Kirchner no Congresso Nacional ameaça recorrer Justiça, se a presidente insistir em usar recursos das reservas para o pagamento da dívida externa. A base de apoio ao governo é minoria entre os 257 deputados e 72 senadores que integram o Parlamento argentino.
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