Os formuladores de política econômica na Índia discutiriam neste domingo o rebaixamento da classificação de crédito dos Estados Unidos pela Standard & Poor's e as implicações locais, disse Kaushik Basu, conselheiro econômico do governo da Índia. "Os EUA são a economia mais poderosa do mundo - isso, obviamente, é uma questão de grande preocupação", disse, em uma entrevista hoje para o Wall Street Journal.
Basu disse que ainda era muito cedo para comentar se a Índia iria intervir no mercado de moedas para proteger seus exportadores se a rupia tiver fortalecimento significativo ante o dólar.
Enquanto economistas não estão esperando qualquer impacto imediato ou significativo sobre a economia indiana, setores exportadores, como tecnologia da inflação, têxtil e joalheria, poderiam ser impactados se houver maior desaceleração da economia norte-americana, conduzindo uma redução na demanda.
Basu disse que pelo fato de que os EUA e a Índia são grandes parceiros comerciais, quando setores "invisíveis" como software e serviços terceirizados para escritórios são adicionados às exportações de manufaturados indianos, "se houver desaceleração (econômica), será motivo para grande preocupação".
Som Mittal, presidente da Associação Nacional de Software e Empresas de Serviços, um órgão comercial que representa empresas de tecnologia da informação na Índia, tentou refutar tais temores. Ele disse, em uma entrevista, não esperar que o setor seja prejudicado no curto prazo, pelo menos não nos próximos dois trimestres, pois as encomendas para o período já foram feitas. O mais importante, disse Mittal, "é que o rebaixamento soberano (nos EUA) foi amplamente conduzido pela (falta de) confiança na situação política e não nos fundamentos da economia. Não vemos nossos consumidores se retraindo".
Keki Mistry, presidente-executivo da HDFC, maior financiadora privada de moradias, disse que, embora não espere que o rebaixamento tenha impacto importante sobre a economia indiana, haveria algum nervosismo nos mercados acionários e que esperava uma queda de até 10% nos próximos dias.
Um potencial favorável é que os preços de commodities poderiam ter correção e isso ajudaria a abrandar a inflação na Índia, disse Mistry.
O que iria ajudar as empresas na Índia, acrescentou Mistry, é se o governo pudesse relaxar as restrições para financiamento comercial externo. "Os juros nos EUA estão tão baixos agora que se a janela do BCE (Banco Central Europeu) (para financiamento) estiver aberta por um pouquinho, as empresas poderiam (fazer) empréstimos" de recursos a taxas muito mais baixas. O limite do BCE atualmente está estabelecido em US$ 30 bilhões. Um aumento do fluxo de dólar para a Índia iria ajudar a rupia a se apreciar também, disse ele. As informações são da Dow Jones.
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