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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (12), em São Paulo, que o governo deve anunciar "medidas importantes" contra a crise financeira global ainda este mês, quando completa um ano do anúncio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Lula, no entanto, não quis antecipar que medidas serão adotadas. De acordo com o presidente, não se trata de um pacote: as medidas serão analisadas e lançadas em separado "para evitar erros do passado".

Em discurso durante a abertura da 36ª Couromoda, o presidente voltou a defender que o país não paralise os investimentos em obras e geração de emprego por conta da crise financeira global.

Segundo Lula, tudo que for possível cortar em gastos com custeio, o governo vai cortar, mas os investimentos em medidas para geração de emprego, principalmente na construção civil, e obras serão mantidos.

"Não vai faltar mais dinheiro para investimento. [...] É hora de o Estado provar que o mercado é importante, mas que um Estado forte, indutor da economia e do investimento, é importante para o Brasil e para qualquer país do mundo", disse Lula, que participou, em São Paulo, da abertura da feira.

Diante do governador de São Paulo, José Serra, e do prefeito Gilberto Kassab, que também participaram do evento, o presidente disse ainda que acredita ser esta a vontade de prefeitos e governadores. Tanto o governador quanto o prefeito anunciaram medidas de prevenção aos efeitos da crise.

"Tem gente que não gosta do meu otimismo, mas eu sou corinthiano, católico, brasileiro e ainda sou presidente do país. Como eu poderia não ser otimista?", bricou o presidente, que atribuiu seu otimismo ao fato de que é dos países desenvolvidos o maior interesse impedir que a crise dure muito tempo.

"Eu acho que o brasil precisa tirar proveito da crise e se preparar. Quando a crise acabar, quem estiver mais bem preparado, leva o jogo", afirmou.

Crescimento

O presidente também voltou a criticar instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial por, segundo ele, terem opinado durante anos sobre o Brasil e não saberem o que fazer diante da crise. "Parece que quando a crise é lá, eles não sabem o que fazer", disse.

"Temos o país mais arrumdado do que qualquer outro para enfrentar a crise", disse Lula.

Em entrevista logo após o discurso, ele também rejeitou a previsão de relatório do mercado financeiro de que o Brasil deva crescer apenas 2% em 2009. "Os economistas que apontam crescimento de 2% para o Brasil vão errar".

"Você tem que ver que nos países desenvolvidos eles estão discutindo recessão e aqui estamos discutindo se vai crescer 2%, 4%", disse.

Calçados

Sobre o setor calçadista, Lula comentou que há três anos, quando o setor estava em crise, muitas pessoas diziam que ele "iria acabar". A nova edição da feira, segundo o presidente, mostra o "vigor" do setor calçadista, que soube combater os problemas causados pelo câmbio.

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