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Uma ala de caminhoneiros convocou uma greve nacional a partir desta quinta-feira (4) após protocolar reivindicações em Brasília. O movimento, no entanto, não tem apoio unânime da categoria, que questiona a partidarização da pauta, criando um cenário de incerteza sobre a adesão.
O que a categoria reivindica?
A pauta de reivindicações é extensa. Entre os principais pedidos estão a criação de um piso mínimo para o frete, o congelamento de dívidas por 12 meses com possibilidade de refinanciamento, aposentadoria especial com 25 anos de atividade, linhas de crédito de até R$ 200 mil e isenção de IPI para a renovação da frota. Além disso, pedem a criação de uma vara judicial especializada em transportes para resolver conflitos do setor.
Por que a greve divide os caminhoneiros?
A principal razão da divisão é a associação do movimento com pautas político-partidárias. O desembargador aposentado Sebastião Coelho, que apoia a greve, convocou uma paralisação geral em defesa de anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro e para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Lideranças como Wallace Landim, o "Chorão", conhecido pela greve de 2018, se recusaram a participar por discordarem do uso da categoria para fins políticos.
Quem está à frente do movimento?
A mobilização é liderada por Franco Dal Maro, conhecido como "Chicão Caminhoneiro", da União Nacional dos Caminhoneiros. Ele foi a Brasília para protocolar as demandas na Presidência da República e afirma que o ato busca seguir a legalidade, com foco nas necessidades da categoria. Chicão pede aos participantes que respeitem o direito de ir e vir das pessoas e a legislação vigente durante a paralisação.
Qual a posição das outras entidades?
A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que representa nove federações e mais de 100 sindicatos, informou que não tem conhecimento formal sobre a greve e que não houve sinalização de mobilização por parte de suas bases. Essa falta de apoio de entidades importantes aumenta a incerteza sobre a real dimensão que a paralisação pode atingir.
Como foi a última grande greve da categoria?
Em 2018, uma greve de caminhoneiros que durou dez dias paralisou o país. Motivada pela alta no preço do diesel, a paralisação causou desabastecimento de combustíveis e alimentos, afetando a indústria e o agronegócio. Para encerrar o movimento, o governo da época negociou um subsídio para o diesel e a criação de uma tabela com valores mínimos para o frete, uma das principais demandas que retornam agora.
Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.





