O dólar voltou a fechar em alta nesta sexta-feira (3), em um dia de forte volatilidade nos mercados de todo o mundo. A moeda norte-americana encerrou o pregão cotada a R$ 2,046, em alta de 1,2%. Durante a tarde, a moeda chegou a ser negociada abaixo do patamar de R$ 2.
A Câmara dos Estados Unidos aprovou, nesta sexta, o pacote de US$ 700 de socorro aos mercados financeiros. O projeto entrou novamente em discussão depois de ser rejeitado na Casa na segunda-feira (29). Após passar por modificações, a proposta havia sido aprovada pelo Senado na quarta-feira (1º) à noite.
A nova proposta garante que o contribuinte norte-americano - que, afinal, vai pagar a conta da proposta - também tenha vantagens. Além da limitação de ganhos dos executivos dos bancos beneficiados pelo dinheiro, o governo garantiu reduções tributárias a pessoas físicas e pequenos negócios.
A proposta agora inclui também a elevação do limite de depósitos garantidos pela Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC) de US$ 100 mil para US$ 250 mil, além da prorrogação de créditos fiscais para empresas, pessoas físicas e para projetos de energia renovável. Com as modificações, o preço total do plano subiu agora é estimado em US$ 850 bilhões.
R$ 2
Na quinta-feira (2), o dólar fechou acima de R$ 2 pela primeira vez desde agosto de 2007, pressionado pelos movimentos no mercado futuro em meio a temores sobre a saúde econômica dos Estados Unidos. A moeda saltou 4,99%, para R$ 2,021. Foi o maior nível de fechamento desde 22 de agosto de 2007.
Análise
Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora de Câmbio, diz que os dados divulgados pelo Banco Central na quarta-feira com um fluxo cambial positivo no país durante os primeiros 20 dias úteis de setembro, mês no qual o dólar decolou quase 17%, mostram que um tanto de especulação no movimento do dólar.
Ele ponderou, no entanto, que algumas linhas de crédito na moeda norte-americana começam a apresentar escassez. Além disso, ressaltou, "nos mercados futuros da BM&F é que temos um problema sério". "Temos uma forte posição montada apostando contra o real", disse Nehme.
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