O índice de produção industrial do Paraná caiu 16,5% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira (5). Foi a maior queda do indicador desde janeiro de 1996, quando a indústria do estado apresentou retração de 17,1% em relação ao ano anterior.
Treze das quatorze atividades pesquisadas tiveram desempenho negativo. As pressões negativas mais significativas vieram de veículos automotores (-29,6%), edição e impressão (-42,7%) e máquinas e equipamentos (-26,3%). O único aumento veio de refino de petróleo e produção de álcool (0,4%).
Considerando todo o primeiro semestre, a queda em relação ao ano passado foi de 5,9% no Paraná. O mesmo levantamento mostra ainda que, na comparação com o mês de maio, o índice da produção industrial do Paraná ficou 9% menor, quarta taxa negativa consecutiva. Considerando o acumulado dos últimos três meses, o recuo é de 4,6%, média que ficou em -2,7% em maio.
A retração na produção industrial do estado também aparece na comparação do segundo trimestre de 2009 (abril, maio e junho) com o mesmo período de 2008 (-10,5%), e frente ao primeiro trimestre (janeiro, fevereiro e março) (-6,7%). O único indicador que apresentou variação positiva foi o índice acumulado dos últimos 12 meses, que ficou em 0,1% em junho.
Queda generalizada
Os resultados negativos da indústria do Paraná refletiram perdas verificadas em todo o Brasil, cujo índice médio para o semestre apresentou retração de 13,4% pior número desde 1975. Na análise dos seis primeiros meses, todos os quatorze locais pesquisados pelo IBGE tiveram taxa negativa na indústria quando a produção é comparada com o mesmo período do ano passado.
A maior queda foi no Espírito Santo (-29,3%), seguida pelo recuo em Minas Gerais (-21,3%), Amazonas (-16,8%), São Paulo (-14,4%) e Rio Grande do Sul (-13,5%). Segundo o IBGE, os números refletem o menor dinamismo das exportações e dos setores produtores de bens de consumo duráveis (automóveis, telefones celulares, eletrodomésticos) e de bens de capital, confrontados com uma base elevada de comparação de junho de 2008, quando a indústria nacional registrou 6,3% de crescimento.
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