Eduardo Leite (PSDB) e Onyx Lorenzoni (PL) disputam o segundo turno das eleições para o governo do Rio Grande do Sul. Ambos os candidatos protocolaram no início da disputa as propostas e projetos em áreas como educação, saúde, segurança pública e infraestrutura para o estado caso sejam eleitos no próximo dia 30 de outubro.
Confira abaixo as principais propostas defendidas por Leite e Onyx em seus respectivos planos de governo:
Saúde
Os investimentos na saúde durante o mandato de Leite são criticados por Onyx, que aponta atrasos no repasse de R$ 1 bilhão para hospitais filantrópicos do estado. Leite justifica a dificuldade do orçamento no setor devido ao estado das finanças do Rio Grande do Sul, no início de sua gestão.
Ambos os candidatos defendem a criação de clínicas de especialidades no estado. Onyx pretende implementar dez desses espaços em cidades separadas por até 200 km, com foco no atendimento oftalmológico, cardiológico, entre outros.
Já Leite pretende criar sete Clínicas da Saúde da Mulher em macrorregiões do estado. Os espaços seriam feitos em estruturas já existentes de hospitais filantrópicos do Rio Grande do Sul, segundo seu plano de governo.
Outro compromisso firmado pelos dois concorrentes é a reformulação do IPE Saúde, plano público de saúde do estado que tem cerca de 1 milhão de segurados e que atualmente acumula dívida superior a R$ 360 milhões.
Educação
Ambos os candidatos têm como ponto de convergência no tema a educação em tempo integral. Leite aponta que irá ampliar em 50% o número de escolas públicas com essa modalidade, enquanto Onyx deseja implementar um programa esportivo no contraturno para os alunos gaúchos.
Já o principal ponto de conflito entre os candidatos está nos indicadores da educação gaúcha. Onyx acusa o ex-governador de fraudar os dados para subir posições no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), com as escolas aprovando alunos com pouca frequência nas aulas.
Leite nega a acusação e citando que houve crescimento em todos os níveis da educação (básica, fundamental e Ensino Médio) e apontando a evasão escolar como principal problema a ser enfrentado pelo setor no estado.
Onyx ainda defende a expansão das escolas cívico-militares no Rio Grande do Sul, proposta essa que não consta no plano de governo de Leite.
Segurança pública
Os dois candidatos divergem sobre os indicadores da segurança pública no Rio Grande do Sul. Onyx aponta que foram os programas do governo federal os principais responsáveis pela queda no número de crimes violentos no estado, enquanto Leite defende os investimentos realizados durante a gestão dele.
O ex-governador aponta que foi o primeiro chefe do Executivo estadual a entregar um efetivo policial maior do que quando assumiu o cargo. Leite diz que pretende implementar em um eventual segundo mandato um maior monitoramento criminal em 23 municípios gaúchos, considerados peças-chave no combate à criminalidade.
Além da maior integração das forças de segurança no estado, Onyx diz que pretende ampliar o número de penitenciárias no Rio Grande do Sul, com foco nos espaços de segurança máxima, e acena com a valorização salarial para os servidores do setor. O ex-governador não citou durante a campanha um possível reajuste desses salários.
Infraestrutura
Esse tema engloba alguns dos principais conflitos entre os candidatos. O primeiro deles é dentro da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). Enquanto Leite defende a manutenção da estatal, Onyx quer fechar a empresa, sob justificativa de "pouco retorno e muitos casos de corrupção".
Outra divergência é nos focos de investimento para a gestão. Onyx defende um investimento de ao menos R$ 250 milhões em obras no setor hidroviário, enquanto Leite tem como foco a finalização de obras asfálticas para cobrir todos os municípios do estado.
Onyx ainda acusa Leite de não ter realizado investimentos na infraestrutura do estado e por isso tem diversas promessas para um eventual segundo mandato. O ex-governador justifica o cenário devido as condições dos cofres públicos do estado no início da gestão dele.
Banrisul e privatizações
Os dois candidatos manifestaram que não irão privatizar o Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A (Banrisul), mas apresentam divergências na forma de conduzir o banco.
Onyx planeja adotar uma política mais intervencionista no banco, com participação direta na tomada de decisões do Banrisul. O candidato ainda mencionou que pode utilizar parte das reservas da instituição para realizar investimentos públicos. Todas essas políticas são criticadas por Leite, que aponta risco de desvalorização e até fechamento da entidade.
Outra divergência entre os candidatos envolvendo estatais é a privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Leite defende a manutenção do processo, enquanto Onyx defende estudos para criação de um novo modelo para a cessão da entidade para a iniciativa privada.
O ex-governador defende que a privatização é a única forma de garantir acesso universal ao saneamento básico para a população gaúcha, respeitando as normas do Marco Legal do Saneamento.
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