O governador afastado de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), afirmou nesta quinta-feira (13) que "não deve nada à Justiça". A declaração foi feita por Dantas durante um ato de campanha com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antes da decisão da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que confirmou seu afastamento.
"Tentam agora no segundo turno de maneira autoritária, mesquinha, perversa montar uma grande armação contra minha pessoa. Mas eu quero dizer ao alagoano, alagoana, que eu fui prefeito duas vezes, deputado estadual, líder do governo de Renan Filho e estou há cinco meses no governo de Alagoas. Sou ficha-limpa, não devo nada à Justiça", disse o governador afastado.
Dantas foi apontado pela Polícia Federal como beneficiário de suposto esquema de "rachadinha", quando exercia o mandato de deputado estadual em 2019. Ele é aliado do senador Renan Calheiros (MDB) e apoiado pelo ex-presidente.
"Tinha pessoas que me diziam 'Lula, não vai em Alagoas o candidato lá está sub júdice, foi condenado'. Quero dizer para vocês que eu jamais deixarei um companheiro no meio do caminho, jamais. Eu tomei a decisão de vir para mostrar a minha solidariedade, minha confiança e que você seja julgado, investigado decentemente. Depois de ser investigado, se tiverem prova contra você, podem te condenar. Mas condenar para você não ser candidato é um erro que já cometeram comigo", disse o petista nesta quinta.
Dantas disputa o segundo turno contra Rodrigo Cunha (União Brasil), que é apoiado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Durante o evento, Dantas criticou os dois adversários políticos. "Rodrigo Cunha, Arthur Lira, vocês não são soberanos. Quem vai escolher o governador de Alagoas é o povo de Alagoas", afirmou o governador afastado.