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Para os defensores da existência de um código nacional de penas ao invés dos polêmicos julgamentos realizados pelos tribunais esportivos brasileiros, a experiência de ontem foi marcante.

Depois de idas e vindas nos corredores do TJD e do STJD, o caso do Rio Branco foi julgado em última instância, mantendo o representante de Paranaguá na Série A do Campeonato Paranaense, com a consequente confirmação da queda do Paraná.

Os detalhes do processo todos conhecem, e a síntese foi a desesperada tentativa de o Paraná evitar o rebaixamento com uma vitória judicial. Perdeu no primeiro julgamento do TJD estadual, venceu no segundo e, no último recurso, foi goleado no tapetão por unanimidade.

Na realidade o advogado do Rio Branco, Domingos Moro, não só defendeu de forma brilhante o seu constituinte como dizimou o TJD paranaense, o qual mudou completamente o entendimento jurídico estabelecido na primeira sessão com uma desconcertante decisão no segundo. Ontem, em reunião histórica do STJD em Curitiba, encerrou-se o longo processo com a permanência do Rio Branco, que havia sido punido por um erro do setor de registros da Federação Paranaense de Futebol, e a confirmação do rebaixamento do Paraná.

Foi demonstrado, mais uma vez, que o sistema de registro de atletas, tanto nas federações quanto na CBF, é imperfeito.

O Paraná sofreu duro golpe, pois os seus dirigentes e torcedores contavam com a vitória no tapetão depois da fracassada campanha da equipe nesta temporada. Campanha, aliás, que continua atormentando os tricolores diante da possibilidade de uma nova queda, desta feita para a Série C nacional em caso de derrota para o Bragantino, sábado, na Vila Capanema.

A lição que ficou é de que muita coisa precisa ser mudada na filosofia e no método de administração do clube, ainda às voltas com empresários de jogadores, parcerias mal constituídas e, afinal, uma situação beirando ao caos em seu departamento de futebol profissional.

O clube acabou de sair de uma eleição presidencial, após a qual todos esperavam ampla transformação nos conceitos de planejamento e, sobretudo, na aplicação imediata de novos rumos para o clube, que vem sofrendo, ultimamente, profundo desgaste por causa de desmandos, falta de recursos financeiros e desentendimentos in­­ter­­nos na gestão do futebol.

Pelo jeito a situação continuará a mesma, até porque foi eleita a chapa que contou com o apoio do grupo que comanda o clube há dez anos, e não se ouviu até agora o anúncio de alguma transformação significativa ou, pelo menos, de um programa que indique a sua recuperação a curto prazo.

Para um campeonato estadual com poucos atrativos, surge desanimadora a confirmação da ausência do Paraná, que chegou a ser pentacampeão estadual em seus primeiros anos de vida.

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