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A permanência de Ney­mar no Santos inaugurou o novo mer­­cado futebolístico brasileiro. Ele vinha amadurecendo com o retorno dos ídolos a partir de Ronaldo, mas ganhou corpo e musculatura como mercado com o desenvolvimento representado por investimentos, patrocínios, empréstimos e aumento significativo das verbas oferecidas pela televisão na próxima temporada.

Tudo isso e mais a empolgação dos novos estádios construí­dos para a Copa de 2014 transformam o panorama do futebol nacional e, de certa forma, as­­susta o mundo que estava acostumado a levar os nossos me­­lhores jogadores por preço de banana.

Agora mudou e a conversa é outra quando se trata de algum craque, como é o caso de Neymar, a estrela mais fulgurante da nova constelação. Ou­­tras promessas estão por aí, mas ainda precisam mostrar talento e competência técnica em seus times e, sobretudo, na seleção. A fonte de novos craques diminuiu a vazão, mas não secou.

Os clubes se fortalecem, sendo o Corinthians aquele que mais cresce com a inauguração do seu estádio, em Itaquera, e o significativo aumento registrado em suas receitas nos últimos anos. Nas asas do Fenômeno, o Corinthians praticamente do­­brou o peso da sua valorização como marca, no que foi acompanhado por Inter­­na­­cio­­nal, São Paulo, Flamengo, San­­tos e outros.

Dos nossos, o Atlé­­tico é o que está encerrando o ano em melhor posição financeira, pois não possui dívidas e está com dinheiro em caixa, além, é claro, dos benefícios que terá com a conclusão da Arena da Baixada.

Aliás, as dívidas representam o maior problema do futebol brasileiro, já que vários clubes estão com a corda no pescoço. Por isso, analistas estrangeiros alertam que o risco do crescimento pode ser a formação de uma bolha, como ocorreu com diversos clubes espanhóis que gastaram além do que podiam nos últimos anos e hoje estão quebrados.

O mesmo aconteceu na Itália, país que atravessa grave crise econômica como de resto toda a zona do euro.

O importante é colocar as contas em dia e aproveitar o novo acordo entre os clubes e a televisão, que se aproxima ao das maiores ligas do mundo.

Atletiba

Mais uma vez o Coritiba não soube se impor como candidato a protagonista do campeonato e perdeu para o Galo, desafogando o time mineiro do rebaixamento.

Para uma equipe arrasadora em casa, a falta de personalidade como visitante provoca exercício de profunda análise na inteligência coxa-branca. Mas não será necessário puxar pela antropologia ou pela sociologia, afinal a questão é técnica. Mantendo a base, com dois ou três jogadores de maior envergadura técnica, o Coxa vai decolar no plano nacional.

O Atlético carrega a esperança da torcida e a responsabilidade de salvar um ano praticamente perdido no jogo decisivo com o Cruzeiro. Dá-lhe, Furacão!

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