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Se o principiante treinador Petkovic não mostra capacidade para dar entrosamento e padrão de jogo ao time reserva, chegou o dia de o espanhol Miguel Ángel prestar o seu vestibular para tentar fixar-se no cargo que ocupa no Atlético.

Sei que não é tarefa fácil substituir a altura um profissional como Vagner Mancini que, em sua exitosa passagem pelo clube, cometeu apenas dois erros: escalar o time suplente no jogo em Criciúma, cuja derrota desandou a caminhada em busca do vice-campeonato e a equivocada escalação na partida final da Copa do Brasil, quando se viu privado de Léo e Everton, na pior apresentação do time sob o seu comando. A perda do título no Maracanã custou-lhe o emprego.

Mais complicado é o exame a que será submetido o ilustre desconhecido para a maioria, que foi contratado para comandar o Furacão em sua quarta Libertadores. O elenco enfraqueceu no plano individual e demonstrou ter perdido a consistência defensiva que distinguiu a equipe na segunda metade da temporada passada.

Mas como o treinador terá de trabalhar com o que a diretoria colocou à sua disposição, não adianta chorar – até porque ele está proibido de dar entrevistas, quando poderia expor suas ideias e ampliar o raio de comunicação com a torcida – e o caminho é tentar consertar os furos na retaguarda ao mesmo tempo em que precisa encontrar um elemento com capacidade técnica criativa para fazer a ligação do meio com o ataque, além, é claro, de contar com nova jornada inspirada de Marcelo e Ederson.

Mais violência

Se o que o Brasil todo viu na Arena de Joinville na última rodada do campeonato que ainda não acabou foi brutal, nem bem começou o ano e alguns bandidos travestidos de torcedores do Corinthians – muitos veteranos dos incidentes em Oruro e Brasília – invadiram o CT do clube e destruíram o vestiário como forma de protesto pela goleada sofrida para o Santos.

Ignorância e impunidade, este é o binômio que serve como combustível para a violência sem fim nas ruas e nos estádios das grandes cidades do país.

Até quando as autoridades continuarão passivas, sem proibir de uma vez por todas a existência das torcidas organizadas nesse modelo em que elas se apresentam? Não se trata de ser a favor ou contra a extinção das organizadas, mas de iniciar, urgentemente, uma limpeza em regra nessas facções que mais atrapalham do que ajudam os clubes.

Tão preocupante quanto a ignorância dos vândalos e a impunidade é o descaso dos dirigentes do futebol e das autoridades policiais que permitem essa interminável e inaceitável continuidade de atos brutais.

Aquela ideia de designar segurança privada para conter as torcidas de Atlético e Vasco constituiu-se em autêntico atestado de incompetência preventiva.

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