‘Infiltrados’ do Atlético revivem dia histórico

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Espalhados pelo imponente e moderno Estádio Nacional de Lima, eles não fizeram coro. Sem divisão de torcida porque ‘não era necessário, ainda mais contra time brasileiro’, segundo um policial peruano, os poucos atleticanos que assistiram ao duelo contra o Sporting Cristal in loco torceram por conta própria, envoltos por um mar celeste. No fim, não comemoraram, mas estão confiantes para reverter o cenário – derrota por 2 a 1 no Peru – e fazer a festa na próxima quarta-feira, em Curitiba.

Para dois dos ‘infiltrados’ rubro-negros, a sensação foi de uma lembrança histórica. Também no meio da torcida adversária, em 16 de fevereiro de 2000, pai e filho, o médico Francisco Luiz Ferreira da Rocha, 62 anos, e o advogado Francisco Pereira da Rocha, 31, viram de perto a estreia do Furacão em jogos de Libertadores.

Na ocasião, entretanto, o duelo foi contra o Alianza Lima, outro clube de Lima, no modesto Estádio Matute. "Lembro que o time era muito forte, tinha mantido a base que havia vencido a Seletiva. Agora a expectativa é diferente, não sabemos o que vamos encontrar em campo", falou Francisco Filho, que na época tinha 17 anos, antes do apito inicial do duelo de ontem.

A vitória por 3 a 0 comprovou a força daquela equipe, que venceu seu grupo e foi eliminada nos pênaltis pelo Atlético-MG, nas oitavas de final. "Luizinho Netto foi essencial naquele jogo", recorda o patriarca da família Rocha, sem palavras para descrever a sensação de poder acompanhar o time do coração em mais uma estreia internacional.

"É histórico retornar para cá após 14 anos para ver o Atlético", comentou Francisco pai, que é médico em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Agora, ele espera que o time de Miguel Ángel Portugal se imponha no confronto de volta e consiga a classificação para fazer pelo menos mais três viagens seguindo o Atlético pela América.