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O debate sobre ESG e desenvolvimento sustentável nunca esteve tão presente no mundo corporativo, pois o ESG (Ambiental, Social e Governança) deixou de ser uma tendência para se tornar um fator determinante para a reputação, a competitividade e a própria sobrevivência das empresas.
De práticas de transparência a iniciativas de impacto social e ambiental, adotar esses critérios deixou de ser opcional e passou a ser exigência do mercado e da sociedade. O ESG deixou de ser apenas uma tendência e passou a ser uma exigência estratégica para empresas que buscam resultados sustentáveis, credibilidade no mercado e impacto positivo na sociedade.
ESG: mais que uma tendência, uma exigência de mercado
Conforme destacam os advogados do escritório Pereira Gionédis, Maria Amélia Cassiana Mastrorosa Vianna e Murilo de Castro Siqueira, as práticas ESG têm gerado impactos decisivos no desenvolvimento sustentável, na redução de impactos ambientais, na gestão responsável e na valorização das empresas no mercado. O tema central é compreender quais os impactos de práticas ESG (Ambientais, Sociais e de Governança) no desenvolvimento sustentável, na redução de impactos ambientais, nos resultados do negócio e na promoção de gestão mais responsável e na geração de valor para a empresa e a sociedade.
Nos últimos anos, o crescimento das discussões sobre práticas ESG foi acompanhado por um aumento expressivo no interesse por greenwashing. De 2001 a 2024, o estudo e o debate sobre o tema cresceu, evidenciando um avanço na preocupação científica e social com práticas enganosas associadas à sustentabilidade.
O risco do Greenwashing e a credibilidade da sua empresa
Essa tendência também aparece nas buscas online: conforme dados do Google Trends, o interesse pelo termo triplicou nos últimos cinco anos. Esse movimento revela um posicionamento mais crítico da sociedade em relação às ações empresariais. Nesse contexto, incorporar os princípios ESG de forma genuína já não é um diferencial, mas uma exigência para o sucesso do empreendimento. Empresas que simulam sustentabilidade sem prática concreta perdem credibilidade e espaço em um mercado cada vez mais exigente.
A Importância do ESG no desenvolvimento sustentável dos negócios
Conforme analisam os advogados Maria Amélia Cassiana Mastrorosa Vianna e Murilo de Castro Siqueira, a ABNT PR 2030:2021 apresenta o ESG como um guia essencial para negócios que desejam se manter competitivos: um conjunto de critérios que ajudam a antecipar riscos, identificar oportunidades e impulsionar investimentos sustentáveis.

Isso envolve desde a análise dos impactos ambientais do negócio e das relações com trabalhadores e comunidades até a forma como a organização se estrutura, toma decisões e garante integridade em suas práticas.
“O ESG não é um selo de boas intenções: é uma abordagem prática para transformar compromissos em impacto real e contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).”
Advogada e sócia do Escritório Pereira e Gionédis
Maria Amélia Cassiana Mastrorosa Vianna
Os 3 Pilares do ESG e seus impactos nos negócios
Cada pilar do ESG tem suas particularidades. No aspecto ambiental, o foco está na gestão de temas como mudanças climáticas, uso de recursos naturais, biodiversidade e prevenção da poluição. Isso inclui ações como mitigação de emissões, eficiência energética, reuso de água, controle de resíduos e conservação de ecossistemas.
Na dimensão social, destacam-se o respeito aos direitos humanos, o combate ao trabalho infantil e forçado, a promoção da diversidade e inclusão e a valorização das relações de trabalho e do vínculo com comunidades, consumidores e fornecedores.

Na gestão empresarial, adotar práticas ESG tornou-se uma estratégia de geração de valor. Pesquisas de Tsang, Frost e Cao (2022) mostram que empresas que divulgam suas práticas ESG de forma estruturada tendem a ter melhor desempenho nos mercados de capitais e são mais bem vistas pelos consumidores.
"O tema central é compreender os impactos de práticas ESG no desenvolvimento sustentável, nos resultados do negócio e na geração de valor para a empresa e a sociedade."
Advogado Murilo de Castro Siqueira
Entre os benefícios observados estão a redução no custo de capital, menor restrição a crédito e maior confiança de investidores. O mesmo estudo destaca que, entre 1993 e 2020, a publicação de relatórios de ESG passou de 12% para 80% entre grandes empresas. Mais de 50% adotam verificação independente, demonstrando que a transparência é um ativo estratégico, seja na captação de investidores, seja na confiança dos clientes. Além disso, estudos de Ting-Ting Li, em 2021, indicam que os fatores ESG são úteis não apenas para investimentos, mas também para mensurar a sustentabilidade e prevenir riscos.
Como práticas de ESG e desenvolvimento sustentável geram valor
Conforme analisam os advogados Maria Amélia Cassiana Mastrorosa Vianna e Murilo de Castro Siqueira, ESG não é um selo de boas intenções: é uma abordagem prática para transformar compromissos em impacto real e contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030. O pilar ambiental tornou-se urgente diante do agravamento da crise climática.
A intensificação de eventos extremos, como enchentes, secas e incêndios, compromete cadeias produtivas, segurança alimentar e infraestrutura urbana, revelando os riscos sistêmicos da degradação ambiental. Nesse cenário, práticas como redução de emissões, transição para fontes renováveis, reuso de água e conservação de ecossistemas são indispensáveis para modelos de negócio que buscam equilíbrio entre prosperidade no presente e responsabilidade com o futuro. Incorporar esse princípio permite às empresas não apenas mitigar impactos, mas contribuir para um desenvolvimento mais seguro e justo para a sociedade.
No eixo da governança, o ESG exige mecanismos de controle, integridade e transparência.
O modelo pratique ou explique‖, instituído pela CVM por meio da Instrução nº 586/2017, tornou obrigatória a divulgação das práticas de governança pelas companhias abertas, fortalecendo a cultura da transparência. A Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013) e seu Decreto Regulamentador nº 8.420/2015 impulsionaram a adoção de programas de integridade, como canais de denúncia, auditorias internas e códigos de conduta aplicados à cadeia empresarial.
Como o ESG fortalece a reputação e a confiança do mercado
No setor jurídico, a governança é cada vez mais avaliada sob critérios de reputação. Segundo dados de 2024, para 91% dos executivos jurídicos, a reputação do escritório é fator decisivo na contratação, seguida pela flexibilidade nos honorários (86%). A presença de lideranças no atendimento e a adaptação tecnológica são diferenciais percebidos mostrando que, mesmo em sociedades de advogados, ESG envolve estrutura e confiança.
No aspecto social, na análise dos advogados Maria Amélia Cassiana Mastrorosa Vianna e Murilo de Castro Siqueira, no contexto brasileiro, a saúde mental dos trabalhadores tornou-se preocupação central. Estima-se que mais de 470 mil licenças médicas foram concedidas no último ano por transtornos de ansiedade e depressão, o maior índice em uma década.
Como o ESG impacta a saúde mental e a cultura empresarial
Em resposta, a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que estabelece o Programa de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), exigirá, a partir de maio de 2025, o monitoramento de riscos psicossociais como metas abusivas e assédio moral. Atender a essas diretrizes vai além da legislação: trata-se de promover ambientes de trabalho mais saudáveis e sustentáveis.
Um estudo da FGV, com 106 companhias brasileiras com melhores scores no sistema Refinitiv (2015–2019), mostrou que 100% delas possuem políticas formais de saúde e segurança. No entanto, apenas 57,1% têm equipes dedicadas à área, e 13,1% treinam suas cadeias de suprimento (Schleich, 2022).
Essas práticas fortalecem a imagem institucional e melhoram resultados. No Brasil, essa sinergia se reflete em empresas reconhecidas pelo selo Great Place to Work (GPTW), que valoriza cultura organizacional, clima interno e inclusão todos alinhados à dimensão social do ESG. Muitas empresas listadas no GPTW também são líderes em relatórios ESG, mostrando que responsabilidade social e governança eficaz projetam essas organizações em cenário global.
Empresas comprometidas com ESG deixam de competir e passam a liderar com responsabilidade. Mais do que tendência, o ESG é o caminho seguro para crescer, com pensamento no futuro.
O desenvolvimento sustentável nos negócios com ESG é o caminho para construir um futuro mais responsável, competitivo e alinhado às demandas do mercado e da sociedade.
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