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Uma bomba destruiu parte de um importante gasoduto na região muçulmana do Daguestão, no sul da Rússia, mas os transtornos no abastecimento devem ser pequenos, segundo a divisão regional da Gazprom.

"Desconhecidos detonaram o gasoduto Mozdok-Kazimagomed no quilômetro 496, causando um incêndio", disse à Reuters por telefone um funcionário da Gazprom, que pediu anonimato.

O duto leva gás dos campos do mar Cáspio, no Azerbaijão, até o interior da Rússia, atravessando o turbulento norte do Cáucaso, onde Moscou enfrenta um recrudescimento da insurgência islâmica, especialmente nas repúblicas do Daguestão, Ingushétia e Chechênia. O presidente Dmitry Medvedev considera a onda de violência no Cáucaso como o pior problema doméstico da Rússia.

Na semana passada, um homem-bomba matou sete policiais e feriu 20 no Daguestão, levando Medvedev a prometer eliminar os "bandidos" do Cáucaso.

No Daguestão, entroncamento no transporte de gás e petróleo do vizinho Azerbaijão, explosões em dutos e arredores ocorrem periodicamente, muitas vezes sem afetar o suprimento nas cidades russas e na Europa.

"Parece que só duas grandes cidades do Daguestão foram afetadas por enquanto", disse o funcionário do escritório regional da Gazprom.

Uma fonte não-identificada da empresa de transporte de gás do Daguestão disse à agência Interfax que "se a informação sobre um dispositivo explosivo for confirmada, iremos começar a reduzir as quantidades fornecidas".

Analistas políticos e entidades de direitos humanos dizem que as forças russas estão na prática em guerra com os rebeldes, que desejam criar um Estado islâmico independente no Norte do Cáucaso - uma luta cujas origens remontam há 200 anos.

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