- Governo do Chile diz que há apenas uma cidade isolada
- Principal refinaria chilena pode levar até 3 meses para voltar a operar
- Secretário-geral da ONU chega a Concepción
- Alguns sobreviventes do terremoto no Chile ainda esperam ajuda
- Chile tem alerta de focos de contaminação após tremor
- Fortes réplicas sacodem Chile; mortos identificados são 452
Com as bandeiras chilenas a meio pau no primeiro dos três dias de luto oficial pelas vítimas do terremoto, saqueadores começaram a devolver neste domingo eletrodomésticos roubados após o tremor, com medo de serem punidos pela Justiça.
A presidente Michelle Bachelet e o mandatário eleito Sebastián Piñera, que tomará posse na quinta-feira, apareceram juntos na noite de sábado em uma campanha de TV que arrecadou 60 milhões de dólares para as vítimas da catástrofe de 27 de fevereiro, a pior no Chile em meio século.
Já foram identificados 452 mortos do terremoto. A quantidade de desaparecidos ainda é incerta.
"Uma semana depois do terremoto o Chile se colocou de pé", afirmou neste domingo Bachelet, antes de monitorar as tarefas de recuperação das zonas atingidas.
Segundo pesquisa publicada neste domingo num jornal chileno, a socialista Bachelet se despede do governo com a reprovação da população à sua atuação após o terremoto.
Cerca de 60 por cento dos entrevistados considerou "tardia e ineficiente" a atuação do governo para ajudar as vítimas.
Em Concepción, as autoridades ofereceram neste fim de semana uma anistia para que as pessoas que haviam saqueado lojas devolvessem o roubado.
Montanhas de geladeiras, máquinas de lavar, colchões e outros produtos apareceram nas ruas da cidade.
"Recuperamos 25 caminhões carregados", afirmou um líder político da região.
Em Constitución, cidade litorânea arrasada por tsunamis após o tremor, houve missas a céu aberto para as vítimas. Muitos habitantes se negam a descer dos morros, temerosos que possam haver ainda novos tsunamis.
Há meio milhão de casas destruídas pela tragédia.
A presidente Bachelet afirmou que a reconstrução do país pode levar até quatro anos.