Israel está numa encruzilhada no que diz respeito à definição dos rumos da ofensiva militar na Faixa de Gaza. O gabinete de segurança reuniu-se ontem pela segunda vez em menos de três dias mas o governo não informou oficialmente se a operação será ampliada ou reduzida, mostrando mais uma vez a divisão entre o premiê, Ehud Olmert, o ministro da Defesa, Ehud Barak e a chanceler, Tzipi Livni
Cada um deles tem uma posição sobre qual a melhor forma de prosseguir com a ofensiva sem manchar a imagem de Israel aos olhos da comunidade internacional, segundo a imprensa israelense. Tzipi estaria propensa a uma retirada imediata, seguindo a resolução da ONU e a proposta de cessar-fogo do Egito e da França. Barak e Olmert seriam favoráveis a uma ampliação da ofensiva com o uso dos reservistas, mas não concordariam sobre alguns pontos desse plano.
O porta-voz de Olmert, Mark Reguev, recusou-se a dar detalhes sobre o que foi decidido na reunião de gabinete, mas disse que "a pressão militar sobre o Hamas deve continuar". Um comunicado oficial também confirmava que o governo israelense rejeitou o cessar-fogo da ONU e o "Exército continuará a agir para alterar a situação de segurança no sul do país". Israel lançou a ofensiva para eliminar a capacidade do Hamas de disparar foguetes contra o sul de seu território. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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