O editor-executivo da edição americana da revista “Rolling Stone”, Will Dana, anunciou que deixará a revista em 7 de agosto. A saída acontece meses após uma reportagem sobre um estupro coletivo que se revelou falsa.
A notícia foi publicada em novembro do ano passado. Segundo a revista, alunos da Universidade de Virgínia teriam violentado meninas durante uma festa de um grupo de estudantes em 2012.
A polícia investigou o caso por quatro meses e não encontrou provas de que o estupro tivesse ocorrido. A revista foi obrigada a se retratar e pedir desculpas aos acusados, que foram alvo de protestos em suas casas.
Nasa divulga sons que foram enviados a possíveis extraterrestres; ouça
A agência espacial norte-americana Nasa divulgou nesta semana, em sua página no SoundCloud, uma curiosa coletânea de sons enviada ao espaço em 1977 como uma forma de contato com possíveis extraterrestre.
Leia a matéria completaEm comunicado, o diretor de redação da “Rolling Stone”, Jann Wenner, disse que o pedido de demissão aconteceu após a análise de “muitos fatores”. Também em nota, o editor-executivo da revista confirma a saída.
“Foi um grande caminho e eu o amei mais do que eu imaginava. Estou tão entusiasmado em ver para onde a revista vai depois quanto estava no verão de 1978, quando eu comprei meu primeiro exemplar.”
Ambos não quiseram conceder entrevistas à imprensa americana sobre a saída. Segundo o jornal “The New York Times”, Dana não planeja no momento trabalhar em nenhum outro meio de comunicação.
Fonte única
A reportagem baseou-se apenas no relato de uma estudante, identificada como Jackie. A jornalista responsável pelo texto, Sabrina Elderly, disse que não conseguiu entrevistar os acusados pela suposta vítima.
Além de colaborar para a investigação policial, a revista pediu uma análise do caso ao departamento de jornalismo da Universidade Columbia. Em relatório, a faculdade confirmou os erros de investigação da jornalista.
Depois que foi divulgado o resultado da análise, Dana foi o responsável pela retratação. Ele descreveu o documento como uma “leitura dolorosa” e disse que a revista havia se submetido às recomendações da universidade.
“Nos entristece pensar que a disposição para delatar esses casos pode ter diminuído em consequência de nossas falhas.”
Diante da repercussão, a revista foi alvo de ações judiciais vindas do vice-reitor da Universidade de Virgínia e de três membros do grupo de estudantes que organizou a festa onde teria ocorrido o estupro.
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