Uma epidemia de cólera que em três semanas já matou mais de 640 pessoas no Haiti está se espalhando rapidamente pela cidade de Gonaives, no noroeste do país, disseram autoridades na quarta-feira.
O prefeito Pierrelus Saint-Justin disse ter enterrado pessoalmente 31 pessoas na terça-feira, e que outros 15 corpos estavam em um caminhão à espera de sepultamento.
"Outros devem estar morrendo enquanto falamos", disse Saint-Justin à Reuters por telefone. "Desde 5 de novembro até hoje, enterramos pelo menos 60 pessoas, e isso só na área central de Gonaives. Há mais gente morta nas áreas rurais que cercam Gonaives."
Em 2004 e 2008, a cidades sofreu furacões e tempestades tropicais que a deixaram coberta de lama e fizeram milhares de vítimas. Saint-Justin disse que a situação está novamente "ficando catastrófica" e provavelmente foi agravada pela passagem do furacão Tomas neste mês.
"Estamos convocando todos aqueles que possam ajudar. Os hospitais estão cheios. Estamos sobrecarregados", afirmou.
Não ficou claro quantas mortes de Gonaives foram incluídas no último boletim sobre o cólera emitido pelo Ministério da Saúde, que reportou 9.971 casos e 648 mortes no país até 8 de novembro. As rádios haitianas dizem que o número de mortos deve superar os 700 no próximo boletim, previsto para sexta-feira.
As autoridades afirmam que a epidemia já chegou à capital, Porto Príncipe, e ameaça suas superlotadas favelas e os acampamentos onde vive 1,3 milhão de desabrigados pelo terremoto de janeiro.
Aumento da tensão nas últimas 24 horas ameaça acirrar conflito no Oriente Médio
Mortes de líderes terroristas e tensão no Líbano: os fatores que levaram o Irã a atacar novamente Israel
O Oriente Médio em ebulição e a escolha errada de Lula
Lula mostra fim da neutralidade do Brasil ao calar sobre terror e dizer que Israel só sabe matar
Deixe sua opinião