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Crise árabe

Onda de revolta ganha força e chega à Líbia

Opositores e apoiadores do governo do Iêmen entram em confronto na capital, Sanaa | Reuters
Opositores e apoiadores do governo do Iêmen entram em confronto na capital, Sanaa (Foto: Reuters)
Manifestantes ocupam praça no centro de Manama, capital do Bahrein, para exigir mudanças no regime monárquico |

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Manifestantes ocupam praça no centro de Manama, capital do Bahrein, para exigir mudanças no regime monárquico

Veja no infográfico alguns detalhes sobre a situação política na Líbia, Iêmen e Bahrein |

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Veja no infográfico alguns detalhes sobre a situação política na Líbia, Iêmen e Bahrein

Os protestos que abalam o mundo muçulmano há dois meses che­­garam à Líbia e aumentaram as tensões nesta quarta-feira no Bahrein e no Iêmen.

Ao menos 38 pessoas ficaram feridas durante confrontos entre opositores antirregime e forças de segurança da Líbia. O país, governado desde 1969 pelo ditador Muamar Kadafi, mais longevo mandatário africano, era um dos poucos até então imunes às revoltas que depuseram ditadores na Tunísia e no Egito e já ameaçam outros líderes.

Segundo relatos, as manifestações eclodiram na cidade mediterrânea de Benghazi – a cerca de 1.000 km da capital, Trípoli –, com tradição de oposição, e tiveram como estopim a prisão de um ativista de direitos humanos.

Em pouco tempo, porém, assumiram contornos anti-Kadafi, com algumas centenas de pessoas ateando fogo em carros e atacando a sede das forças de segurança, que reagiram com balas de borracha e com canhões de água.

Vídeo postado na internet mos­­trava manifestantes entoando cân­­ticos de "Nenhum Deus além de Alá. Muammar é inimigo de Alá" e "Abaixo a corrupção".

Bahrein

O pequeno país governado pelo rei Hamad bem Issa Al Khalifa en­­frentou ontem o terceiro dia consecutivo de protestos antigoverno que já deixaram dois mortos, com manifestantes ocupando, a exemplo do Egito, uma praça-símbolo localizada no centro da capital, Manama.

Após as mortes, no entanto, for­­ças de segurança do país hesitaram em reprimir as manifestações, revelando aparente temor da monarquia que governa a pe­­quena ilha no Golfo Pérsico com um agravamento das tensões.

Os cerca de 2.000 manifestantes da Praça Pearl exigem instituição de governo eleito, realização de eleições livres, soltura de presos políticos e a saída do premiê – no cargo há 40 anos – e de todo o Parlamento. Mas poupam o rei, pedindo a criação de uma monarquia constitucional.

Iêmen

Manifestações contra o ditador Ali Abdullah Saleh se espalharam pelo Iêmen, com centenas de pessoas saindo às ruas de Sanaa, Aden e Taiz. Na capital, ao menos 800 opositores marcharam pelas ruas próximas à universidade de Sanaa, apesar dos esforços da polícia para conter os protestos.

Outra mobilização reuniu na capital iemenita centenas de juízes que pediam a independência do Judiciário.

Os partidários de Sa­­leh – no poder há 32 anos –, ar­­mados com cassetetes, facas e pe­­dras, atacaram os estudantes na saí­­da da universidade, quando os jo­­vens pretendiam seguir para o palácio presidencial.

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