Após quatro dias de reunião, o Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC) anunciou neste domingo (12) a aprovação de um pacote de reformas no campo que pretende dobrar a renda rural da China até 2020, como mostra matéria do correspondente Gilberto Scofield Jr. publicada nesta segunda (13) no jornal O Globo. Nenhum detalhe foi divulgado sobre a chamada "reforma da terra", mas espera-se que o PCC tenha concordado em dar mais liberdade aos camponeses do país para vender, alugar ou hipotecar suas terras, que desde 1978 são exploradas em contratos de cessão de uso exclusivo com o Estado.
Num momento em que a crise financeira mundial exige intervenções gigantescas do Estado na economia de vários países que até então se guiavam pelo liberalismo, o PCC confia na liberalização do uso da terra pelos camponeses como forma de transferir renda para o campo e de aumentar a produtividade agrícola criando grandes propriedades rurais. Em 2007, a renda per capita rural da China - com seus 750 milhões de pessoas morando no campo - foi de 4.140 yuans (US$ 591).
"O Comitê Central do PCC aprovou no domingo uma decisão com vários tópicos sobre reforma rural e desenvolvimento", diz o comunicado na Xinhua, que faz alusão à crise atual. "A crise de crédito global, congelando as finanças do mundo, pode ser uma bênção disfarçada para a China, que busca modificar sua estrutura econômica depois de três décadas de crescimento vertiginoso".
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