Os Estados Unidos estão preparados para se reconciliar com o Taleban, caso o governo do Afeganistão abra um diálogo para negociar o fim da guerra, disse o secretário de Defesa norte-americano, Robert Gates, nesta quinta-feira (9).
Mas ele ressaltou que Washington não considera quaisquer negociações com a Al Qaeda.
Gates disse que a reconciliação seria um fim político para a insurgência e a guerra no Afeganistão. Mas essa reconciliação tem de ser nos termos do governo afegão, e o Taleban tem de se sujeitar à soberania do governo.
"Definitivamente - eu ressalto este definitivamente - tem de haver uma reconciliação, como um fim político para isto", disse Gates a repórteres depois do primeiro dia de reuniões da Otan sobre a guerra no Afeganistão, em Budapeste.
"Essa é a melhor saída estratégica de tudo isso", disse.
Mas Gates afirmou também que os esforços de reconciliação não podem incluir ninguém que pertença à Al Qaeda, grupo que assumiu a responsabilidade pelos ataques de 11 de setembro de 2001 e se tornou o principal alvo dos esforços antiterrorismo do governo Bush.
"Temos de estar certos de que não vamos falar de nada sobre a Al Qaeda", afirmou Gates, ao enumerar as condições para a reconciliação no Afeganistão.
Perguntado novamente se pensa ser possível um diálogo com o Taleban, sem a Al Qaeda, Gates disse: "sim".
Quem é Hugo Motta, o mais novo “queridinho” à sucessão de Arthur Lira na Câmara
Conheça a história de Hassan Nasrallah, número 1 do Hezbollah morto no Líbano
Dívidas, calote, queda nas vendas: como o vício em bets virou ameaça à economia do país
Moraes exige arrependimento e predição de “condutas futuras” para soltar Daniel Silveira
Deixe sua opinião