A situação política de Honduras, afastada da Organização dos Estados Americanos (OEA) e sob restrições de parte da comunidade internacional, deve ser o tema principal das reuniões dos ministros e vice-ministros das Relações Exteriores de 33 países das Américas. Os debates integram a Cúpula América Latina e Caribe (Calc) que inclui, ainda, representantes dos Estados Unidos e do Canadá. As reuniões ocorrerão a partir deste sábado (3), em Caracas, na Venezuela.
"O objetivo fundamental do encontro é avançar nos acordos feitos durante a Cúpula da Unidade para a América Latina e o Caribe, que ocorreu México, em fevereiro do ano passado", diz o comunicado, divulgado nesta sexta-feira(2), pelo Ministério das Relações Exteriores venezuelano.
Desde o golpe de Estado em Honduras, em junho do ano passado, quando o ex-presidente Manuel Zelaya foi deposto, o país sofre restrições de parte da comunidade internacional. Para o Brasil, é fundamental que o atual presidente hondurenho, Porfirio "Pepe" Lobo, conceda anistia a Zelaya. Também é cobrado de Lobo garantias de respeito à democracia e às instituições.
Pepe Lobo denunciou, recentemente, que há um complô para tentar tirá-lo do poder. O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, o brasileiro Marco Aurélio Garcia, afirmou que, na última reunião da OEA, um elevado número de países manteve a análise de que "não foram reunidas as condições" para a reintegração de Honduras à comunidade internacional.
Participam das discussões representantes de Antigua e Barbuda, da Argentina, das Bahamas, de Barbados, Belize, da Bolívia, do Brasil, Chile, da Colômbia, Costa Rica, de Cuba, Dominica, do Equador, de El Salvador, Granada, da Guatemala, Guiana, do Haiti, de Honduras, da Jamaica, do México, da Nicarágua, do Panamá, Paraguai, Peru, da República Dominicana, de São Cristovão e Neves, São Vicente e Granadinas, Santa Lúcia, do Suriname, de Trinidad e Tobago, do Uruguai e da Venezuela.
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