O deputado estadual Fabio Oliveira (Podemos) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) na sessão desta terça-feira (26) para se manifestar contra a possibilidade de o atual presidente da casa, Ademar Traiano (PSD), assumir o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alep na próxima legislatura.
O parlamentar destacou o fato de que Traiano pode se tornar o presidente da CCJ, uma das comissões mais importantes do Legislativo, mesmo tendo admitido corrupção no caso que veio à tona no final de 2023. Para Oliveira, se isso se concretizar será uma desonra para a Alep.
Oliveira ainda relembrou o acordo firmado entre Traiano e o Ministério Público para a não persecução penal. Para não responder a processos nas esferas cível e criminal, citou Oliveira, o atual presidente da Alep admitiu ter pedido e recebido propina, e ainda devolveu R$ 700 mil aos cofres públicos.
Para o deputado, que em dezembro de 2023 pediu pela renúncia de Traiano do cargo na mesa Alep em razão das acusações, a possibilidade de o presidente da assembleia assumir a chefia da CCJ vem sendo amplamente discutida entre os deputados e mesmo fora do ambiente legislativo.
"Colocar o deputado Ademar Traiano como presidente da CCJ é arruinar o pouco prestígio que esta casa de leis tem perante o povo paranaense. Enquanto eu tiver mandato, vou lutar e vou subir a essa tribuna para evitar que casos como esse aconteçam novamente na nossa assembleia", disse o deputado em sua fala.
De acordo com o parlamentar, tal fato vem gerando “grande repercussão”, o que justificaria seu alerta na tribuna do Plenário da Alep. Ele ainda enfatizou que “os eleitores paranaenses não esquecerão as ações ou omissões dos parlamentares”. Para Oliveira, a eleição de Traiano para a presidência da CCJ traria consequências negativas para a imagem do Legislativo estadual.
“Subi na tribuna para manifestar minha indignação e ser a voz dos paranaenses mais uma vez. Não podemos, de forma alguma, permanecer inertes diante da informação de que Ademar Traiano almeja ser presidente da CCJ, a principal comissão da Casa de Leis, por todo o histórico recente de corrupção. É preciso dar um basta e honrar o Poder Legislativo”, disse o deputado à Gazeta do Povo.
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