O senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse nesta sexta-feira (12) que pretende levar o caso da chamada “Abin paralela” para cortes internacionais. No caso, está sendo investigada uma organização suspeita de espionar ilegalmente autoridades públicas e produção de notícias falsas utilizando a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Calheiros, em publicação feita em seu perfil no X, sugeriu que a “ação marginal de órgãos de Estado” pode ter “embaraçado” as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.
“Vou entrar na Justiça, até em cortes internacionais, como assistente da acusação no escândalo Abin. A grampolândia na cúpula da CPI mostra que a investigação pode ter sido embaraçada na ação marginal de órgãos de Estado. Fatos novos para PGR reabrir partes engavetadas por Aras”, escreveu o senador, que foi relator da CPI da Covid.
As investigações apontam Renan Calheiros como um dos parlamentares que a chamada Abin paralela monitorou durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em outubro de 2021, ao final dos trabalhos da CPI da Covid, Calheiros sugeriu que Bolsonaro fosse indiciado. Os filhos de Bolsonaro, Carlos, Eduardo e Flávio, também foram incluídos na lista enviada à PGR e ao STF junto com outras 62 pessoas.
Em novembro de 2022, após a derrota de Bolsonaro nas eleições, o ex-procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu o arquivamento das investigações relacionadas ao relatório da CPI. Depois, em fevereiro de 2023, a ministra Rosa Weber, então presidente do STF, contrariou o parecer e determinou a continuidade do inquérito. O caso ainda tramita no STF.
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