A Polícia Rodoviária Federal informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que existiam 66 protestos em rodovias federais na quarta-feira (16). Apesar dos atos, nenhuma das estradas registrava bloqueio total ou interdições parciais. Os manifestantes estavam concentrados às margens das rodovias.
A informação consta em um relatório entregue pela corporação ao STF, segundo a Agência Brasil. A ação em questão trata da decisão do ministro Alexandre de Moraes que proíbe o bloqueio das vias. A PRF também disse à Corte que já desfez 1.126 manifestações desde 30 de outubro.
Os protestos foram iniciados após o resultados das eleições 2022. Caminhoneiros e outros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) deram início aos atos na noite de 30 de outubro, data do segundo turno do pleito, após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter sido matematicamente eleito. Bloqueios em rodovias federais chegaram a ser registrados em várias partes do país e manifestações nas proximidades de unidades militares ainda têm sido registradas.
Os atos contestam o resultado das urnas e pedem a intervenção militar. Além da eleição de Lula, os protestos também têm críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Prisões
Mais cedo, a PRF já tinha informado que 49 pessoas foram presas por realizar bloqueios em rodovias após o segundo turno da eleição presidencial. As ocorrências foram registradas entre os dias 31 de outubro e 9 de novembro.
Segundo o balanço da PRF, o estado com maior número de prisões foi Santa Catarina, com 13. Mato Grosso do Sul e Espírito Santo aparecem em seguida com cinco prisões registradas.
As prisões por estados foram em Santa Catarina (13), Mato Grosso do Sul (5), Espírito Santo (5), Rio Grande do Sul (4), Minas Gerais (4), Pernambuco (3), Goiás (2), Maranhão (2), Rondônia (2), Paraná (2), São Paulo (2), Rio de Janeiro (2), Mato Grosso (1), Roraima (1), e Rio Grande do Norte (1).
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