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Valdemar Costa disse que o PL é perseguido pelo STF e por um ministro da Corte
O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil.

Ao depor à Polícia Federal (PF), nesta terça-feira (6), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, optou pelo silêncio durante o interrogatório sobre queixas feitas por ele à Justiça dos Estados Unidos contra perseguição política do Supremo Tribunal Federal (STF).

A oitiva foi determinada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, depois que Valdemar justificou sua ausência em uma audiência da justiça americana com o fato de estar com o passaporte apreendido a mando de Moraes, no âmbito da operação Tempus Veritatis.

Nos EUA, Valdemar é parte em um processo que moveu contra a sua ex-esposa, Maria Christina Mendes Caldeira, por difamação.

De acordo com uma reportagem da revista Veja, publicada no dia 27 de julho de 2024, as críticas de Valdemar ao STF constam no processo dele contra a ex-esposa.

À revista, Valdemar disse que o seu partido, o PL, é perseguido pelo STF e por um ministro da Corte.

Apesar de Valdemar não ter citado nomes, o ministro Alexandre de Moraes entendeu que o presidente do PL atribuiu “condutas inverídicas” aos integrantes da Suprema Corte e delegados da Polícia Federal.

No despacho contra Valdemar, que tem a reportagem da Veja como base, Moraes citou um trecho da declaração do presidente do PL com críticas à operação da PF que resultou em sua prisão em fevereiro deste ano.

“Dada a natureza trivial das acusações, eu acredito, e é até de conhecimento geral no Brasil, que essa prisão teve motivação política”, disse Valdemar à reportagem da Veja.

Valdemar foi preso por posse ilegal de arma durante as investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

À imprensa, a defesa de Valdemar disse que entregou um documento à PF com as explicações sobre a declaração do presidente do PL à reportagem da Veja.

Como a determinação de Moraes era para que Valdemar fosse ouvido no inquérito da operação Tempus Veritatis, a estratégia do presidente do PL foi interpretada como silêncio.

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