Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Perseguição judicial

Moraes segue imparável

(Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Ouça este conteúdo

O ex-governador do Ceará e ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta quarta-feira (21) que geram nulidades nos processos os atos do ministro Alexandre de Moraes ao ter usado a Justiça Eleitoral, por meio de pedidos informais, para abastecer inquéritos criminais em andamento contra bolsonaristas no STF (Supremo Tribunal Federal).

"Desde 2019, Moraes resolveu transformar esse inquérito numa coisa que não tem fim, no inquérito do fim do mundo. Isso, data máxima vênia, não é direito. É incorreto. Está simplesmente produzindo nulidade para, inclusive, garantir a impunidade dos malfeitores", disse Ciro, em referência ao início do inquérito das fake news, aberto há cinco anos.

Quando até o esquerdista Ciro Gomes sobe o tom é porque todos já sabem que Moraes passou de qualquer limite aceitável. O que o ministro fez não foi apenas "incorreto", mas criminoso. E o problema maior, claro, não é tornar nulas as sentenças contra "malfeitores", e sim ter perseguido de forma ditatorial críticos e opositores políticos.

Em nova revelação da VazaToga, Moraes cometeu mais um crime: falsidade ideológica. Um processo em sigilo há quase dois anos contra um ex-deputado estadual, cujas redes foram bloqueadas por Alexandre de Moraes, revela erros, o uso informal do órgão de combate à desinformação do TSE pelo ministro e contradições nas explicações dadas por ele após as primeiras reportagens sobre o tema.

O caso mostra ainda que um pedido de apuração feito por Moraes, por meio de seu gabinete, foi registrado oficialmente como uma denúncia "anônima" e expõe como o Tribunal Superior Eleitoral foi utilizado para abastecer inquéritos criminais em andamento contra bolsonaristas.

"Só não sei como bloquear pelo TSE pq não fala nada de eleições", disse numa mensagem Tagliaferro, o escudeiro alexandrino que foi preso por crime doméstico e agora é alvo de investigação a mando de Moraes. Eles tinham alvos, punições, só não tinham crimes e não sabiam qual pretexto utilizar para a censura ou qual instrumento, se o TSE ou o próprio STF.

Parêntese: o ministro não se importa em explicar as mensagens em si, o conteúdo, mas sim perseguir quem vazou. Como disse Andre Marsiglia: "Grave abrir inquérito para apurar vazamento. Se não houve hackeamento, como informado pela Folha, o inquérito se dedica a descobrir quem informou o jornal, violando-se sigilo de fonte, princípio constitucional previsto no art 5, inciso XIV. Um atentado à liberdade de imprensa". Mais um crime!

A pergunta que fica na cabeça de todo brasileiro decente é: quem vai parar esse homem? O que mais é precisa vir à tona para tirá-lo da cadeira suprema, de onde vem praticando tantos crimes?

O nome do senador Rodrigo Pacheco surge como o principal cúmplice de Moraes. Afinal, não fosse sua obstrução - mais do que omissão - o pedido de impeachment já teria sido julgado no plenário. Pacheco se coloca entre milhões de brasileiros e a Justiça, destruindo o mecanismo constitucional de freios e contrapesos.

Alexandre de Moraes segue imparável, agindo feito um tirano, um ditador. Não é por acaso que Maduro elogiou o STF. Ele identifica o mesmo modus operandi de seu regime opressor e ilegal, que seleciona alvos políticos e usa o arbítrio do poder para persegui-los, alegando "salvar a democracia" depois, para justificar o que é pura truculência ilegal.

Maduro também segue imparável, vale notar. E o Brasil caminha a passos largos rumo ao modelo venezuelano, infelizmente, enquanto o próprio Moraes debocha de quem alerta para o risco comunista...

VEJA TAMBÉM:

Conteúdo editado por: Aline Menezes

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

+ Na Gazeta

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.