De olho na eleição para a prefeitura de São Paulo em 2024, os adversários políticos do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), empilham processos na Justiça contra a gestão municipal. As ações vão desde medidas para manter as barracas dos moradores de rua na região da cracolândia até pedidos para investigar o serviço destinado a recapeamento de ruas e avenidas.
Faltando pouco mais de um ano para o pleito de 2024, os deputados federais Kim Kataguiri (União Brasil), Tabata Amaral (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL) somam mais de 15 processos contra Nunes. Os parlamentares têm representações no Tribunal de Justiça (TJSP), no Ministério Público de SP (MPSP), no Tribunal de Contas do Município (TCM), na Controladoria Geral do Município (CGM) e na Procuradoria Geral da República (PGR).
Principal adversário de Nunes, Boulos acionou a Justiça quatro vezes
Boulos, que vem liderando as pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo, ingressou com quatro processos contra Nunes.
O pré-candidato do PSOL pediu investigação sobre a licitação para fiscalização privada de terminais de ônibus, sobre a medida de retirada de pertences (barracas e cobertores) de moradores de rua do centro, revisão do Plano de Metas e apuração sobre o fechamento de posto de coleta de sangue.
Além desses processos, o PSOL entrou com uma dezena de outras ações contra Nunes, por meio dos vereadores, deputados estaduais e federais da sigla.
Kim e MBL entraram na PGR contra a gestão Nunes
Kim Kataguiri acionou a Justiça por duas vezes contra iniciativas do prefeito Ricardo Nunes. Junto com o Movimento Brasil Livre (MBL), ingressou na PGR contra a transferência de mais de R$ 200 milhões de oito secretarias para turbinar o recapeamento de ruas e avenidas da cidade.
A outra ação movida pelo deputado do União Brasil foi protocolada no Ministério Público de São Paulo e diz respeito à falta de atualização do canal Dados Abertos da Prefeitura de São Paulo. O portal reúne dados de todas as secretarias, subprefeituras e empresas municipais.
Tabata Amaral é a campeã de processos contra a administração paulistana
A pré-candidata pelo PSB é quem lidera os processos na Justiça contra medidas da prefeitura paulistana. São oito processos em 2023 que englobam assuntos variados, como a falta de fiscalização do contrato firmado com a Sabesp, substituição de feijão por ervilha nas merendas escolares, contratos de publicidade e referente às taxas de coleta de esgoto.
Nunes diz que processos são "eleitoreiros" e "irresponsáveis"
A Gazeta do Povo entrou em contato com a Prefeitura de São Paulo para comentar os processos em questão. Em nota, a gestão municipal disse lamentar que a Justiça seja utilizada "de maneira irresponsável e eleitoreira".
“A Prefeitura de São Paulo esclarece que todas as ações da gestão respeitam rígidas métodos de controle, sempre dentro do previsto no regramento jurídico nacional e com total transparência. Da mesma forma, todos os questionamentos produzidos pelos órgãos competentes são respondidos dentro dos prazos estipulados. A gestão lamenta, entretanto, que os órgãos judiciais sejam utilizados de maneira irresponsável e eleitoreira, consumindo, inclusive, grande quantidade de recursos públicos na tramitação desses processos”, diz o comunicado oficial.
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