Os alunos da Faculdade Maringá e do Centro Universitário de Maringá (Cesumar), duas instituições particulares de ensino, passaram a ter nesta segunda-feira (10) "aulas virtuais", como medida de prevenção à gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína. A ideia é evitar a proliferação da doença sem provocar atrasos no calendário escolar. Juntas, as duas instituições têm cerca de 13 mil alunos, em cursos de graduação e pós-graduação.
O conteúdo das disciplinas é disponibilizado via intranet, acessada com login e senha individuais. Em caso de dúvidas, os estudantes devem entrar em contato com os professores por e-mail ou telefone - a Faculdade Maringá forneceu inclusive o número dos telefones pessoais dos docentes. As aulas serão ministradas desta forma pelo menos até a próxima sexta (15). Novas reuniões nesta semana poderão prorrogar o prazo.
O diretor geral da Faculdade Maringá, Amaury Antonio Meller, acredita que, com a medida, o calendário letivo não sofrerá alterações. "Consideramos que as aulas estão sendo ministradas. Fizemos um cálculo e vimos que essa era a única saída viável."
Por meio de comunicado publicado em seu site, o Cesumar informa que os conteúdos transmitidos nas "aulas virtuais" serão posteriormente usadas nas avaliações do 3º bimestre.
O caso mais delicado do Cesumar é o dos alunos do curso de Turismo, que teve as aulas interrompidas por cinco dias no fim de junho. Havia a suspeita de que uma aluna do curso estivesse com a doença. Por conta da suspensão, provas precisaram ser remarcadas.
"A direção é contra a suspensão das aulas. Mas, para colaborar com o município, que tem muitas escolas paradas, resolvemos adotar esse sistema, que não prejudica o aluno", explica a diretora de Ensino do Cesumar, Solange Munhoz Lopes.
As aulas do Cesumar estão previstas para terminar no fim de dezembro. "Nosso calendário tem 246 dias de aula, que é mais do que em outras instituições. Uma paralisação poderia trazer problemas", reconhece Solange.
A suspensão de aulas presenciais vai contra a recomendação do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Noroeste do Estado do Paraná (Sinepe/NOPR), que defende a manutenção das aulas. Mesmo com a ausência de alunos, os funcionários da Faculdade Maringá e do Cesumar seguem trabalhando normalmente.
