Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Barbárie

Acusado de matar menina dentro de casa era conhecido da família

Comerciante cedeu barracão para o velório de Lavínia: moradores estão chocados com o crime | Rodolfo Buhrer/Gazeta do Povo
Comerciante cedeu barracão para o velório de Lavínia: moradores estão chocados com o crime (Foto: Rodolfo Buhrer/Gazeta do Povo)

O homem acusado de matar uma menina de 9 anos na noite de sábado (15), na Vila Esperança (bairro Atuba), em Curitiba, era conhecido da família e moradores da região. O andarilho de 45 anos, Mariano Torres Ramos Martins, vivia no bairro e costumava receber comida da família de Lavínia Rabech da Rosa. Ele foi flagrado pela mãe da criança, Maura da Rosa, escondido embaixo da cama onde estava o corpo da menina.

De acordo com o padrasto de Lavínia, Mario Luiz de Castro, o crime foi cometido pouco antes da meia-noite de sábado. A família da menina vive em uma região carente da capital. Lavínia dormia na cama ao lado da irmã de 5 anos. Segundo o padrasto, a mãe das meninas, que é catadora de papel, aproveitou o momento em que elas dormiam e saiu para telefonar. Castro estava na sala e não ouviu qualquer movimentação no quarto.

Quando Maura voltou e foi deitar ao lado das filhas, percebeu que tinha alguém embaixo da cama e pediu socorro. O homem tentou fugir pela janela, mas foi detido e agredido por vizinhos, por conta da invasão. A polícia foi chamada ao local para socorrê-lo. Até então, ninguém havia percebido que a menina havia sido agredida. Só quando a mãe voltou novamente para o quarto, e foi deitar, percebeu que a cama estava molhada e filha estava machucada, não respondia. Lavínia foi levada para o posto de saúde, mas já estava morta.

Martins chegou a ser internado no Hospital Cajuru, mas já foi liberado e está detido em flagrante por homicídio. De acordo com o delegado Rogério Martim de Castro, ele já esteve preso três vezes (por roubo e porte de arma) e é foragido da Colônia Penal Agrícola, em Piraquara. Os vizinhos dizem que sabiam que ele era ex-presidiário, mas não imaginavam que se tratava de um fugitivo.

Parentes da menina relatam que a própria Lavínia costumava entregar comida ao andarilho, mas que ele nunca havia entrado na casa. A menina tinha marcas de estrangulamento e cortes na nuca. Ainda não há confirmação se houve violência sexual. A irmã mais nova nada sofreu.

O acusado nega ter matado a menina. Em depoimento à polícia, ele alegou que Lavínia estava brincando na rua e se machucou. Martins diz que entrou na casa para socorrer a menina, mas se recusa a dizer como entrou na residência. Segundo o delegado, o homem não aparentava nervosismo nem sinais de alteração por álcool ou drogas.

A mãe da menina está em estado de choque. Lavínia era aluna da Escola Anísio Teixeira, próxima a casa onde morava, e costumava ir e voltar sozinha da escola. Era ela quem levava a irmã mais nova em outra escola, também na região. O corpo vai ser velado em barracão cedido por um comerciante, na Vila Esperança. Às 13 horas de segunda-feira está previsto o enterro, no Cemitério Municipal do Boqueirão.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.