O superintendente de infra-estrutura aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Anderson Ribeiro Correia, contestou o laudo do Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo, que apontou falhas da agência no episódio que vitimou 199 pessoas em julho do ano passado, no acidente com o Airbus A320 da TAM, no Aeroporto de Congonhas. Segundo Correia, a agência possui seus critérios e regras para a segurança nos aeroportos e elas foram cumpridas pelo Aeroporto de Congonhas antes do acidente da TAM. "As regulamentações da agência foram seguidas por Congonhas antes do acidente. Os critérios da pista foram atendidos", afirmou.
De acordo com laudo do Instituto de Criminalística sobre o acidente com o Airbus A320 da TAM, concluído esta semana e divulgado hoje pelo jornal O Estado de S.Paulo, houve falhas administrativas cometidas principalmente pela cúpula e por altos funcionários da Anac. Além disso, a perícia apontou que houve falhas também da empresa aérea, dos pilotos, da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e até da fabricante do jato.
Correia, que participou hoje do seminário "Concessão de Aeroportos: Oportunidades e Desafios para o Crescimento Econômico", na capital paulista, evitou tecer mais comentários, sob alegação de que não tinha conhecimento do laudo e não trabalhava na Anac na ocasião do acidente. Apesar disso, voltou a defender a agência. "Qualquer tipo de investigação, de apontamento, a Anac vai preparar uma resposta." O laudo do acidente deve ser entregue na segunda-feira à Polícia Civil, que apontará os responsáveis pelo desastre e encerrará o inquérito, remetendo-o ao Ministério Publico Estadual (MPE).
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