Bah teme retornar a Cascavel
O guineano Souleymane Bah, de 47 anos, primeiro paciente internado com suspeita de ebola no Brasil, teme a volta para Cascavel, no Oeste do Paraná, por causa das manifestações racistas e xenófobas publicadas em redes sociais.
"Ele pediu para a imagem dele ser preservada. Ele tem receio na volta para a comunidade, de sofrer algum tipo de discriminação", afirmou o infectologista José Cerbino, da Fiocruz.
Com a suspeita de ebola descartada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o imigrante de Guiné Soulyname Bah, de 47 anos, foi liberado do hospital da instituição, na zona norte do Rio, às 7 horas desta quarta-feira (15), após seis dias de internação.
O guineano recebeu alta após o resultado negativo do segundo exame para o vírus divulgado na segunda (14).
"Com a confirmação de que não é ebola ou outra doença infecciosa, não há mais necessidade de ele estar internado. Do ponto de vista clínico, ele pode sair hoje (terça, 14). Ontem mesmo, após o segundo resultado negativo, já entramos na área em que ele estava sem as roupas de proteção. Ele nos olhou aliviado e repetiu que sabia que não estava com a doença", disse na segunda o infectologista José Cerbino Neto, vice-presidente do Instituto Nacional de Infectologia e que tratou pessoalmente de Bah.
O Ministério da Saúde providenciou o transporte de Bah, mas a Fiocruz não informou seu destino a pedido do paciente. O mais provável é que ele volte para Cascavel, no Paraná. Segundo a fundação, Bah deixou o hospital totalmente saudável.
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