Depois de remover a publicação de um colunista da Gazeta do Povo a respeito do financiamento público do show da cantora Madonna sob o pretexto de “desinformação”, a plataforma de mídia LinkedIn pediu desculpas pelo erro e republicou o conteúdo. A resposta do LinkedIn foi enviada nesta quarta-feira (15), após o comentarista político Roberto Motta denunciar a censura em suas redes e publicar link da matéria da Gazeta sobre o caso.
“Não sei qual das minhas ações gerou resultado, mas tenho impressão de que foi a última postagem combinada com a reportagem”, disse, informando que o LinkedIn não explicou em nenhum momento qual teria sido a suposta “desinformação” apontada pelo sistema de Inteligência Artificial (IA), mas que reconheceu o equívoco, pediu desculpas e restaurou a postagem.
“Inicialmente, seu conteúdo de publicação foi removido por violar nossas políticas”, informa o comunicado da plataforma, ao explicar que essa avaliação sofreu alterações. “Determinamos agora que seu conteúdo de publicação não viola nossas políticas. Desculpe-nos pelo erro”, continuou.
Em sua última postagem a respeito do caso, realizada em inglês, Motta marcou executivos da empresa e solicitou atitude deles em relação ao caso, já que as tentativas pelos canais disponibilizados pela plataforma não haviam sido suficientes.
“Sou jornalista, autor de livros e escritor que publica regularmente e trabalha como comentarista político na TV”, afirmou, relatando que postou no LinkedIn o link de um artigo de sua autoria que foi removido poucas horas depois, rotulado como “desinformação”. “Não me disseram qual era o problema. Meu artigo é baseado em fatos e, como tudo que faço, foi verificado três vezes antes da publicação”, disse, ao citar ainda a reportagem da Gazeta do Povo a respeito do cancelamento.
Após a postagem, o conteúdo “O Paradoxo de Madonna: reflexões sobre um equívoco pago com dinheiro dos trabalhadores” foi disponibilizado novamente na plataforma, e usuários parabenizaram o colunista pela coragem. "Um feixe pequeno de luz na direção correta e da justiça", escreveu um deles nos comentários.
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