Um grupo de cerca de 200 pessoas está concentrado perto do Museu da República, no começo da Esplanada dos Ministérios para protestar contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é investigado na Operação Lava Jato.
Há vários integrantes de grupos e movimentos sociais simpáticos ao governo, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Integrantes do movimento estudantil começam a chegar ao local. A expectativa dos organizadores é que dez mil pessoas compareçam ao ato. A manifestação é o ponto alto do 41.º congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), que começou na quinta-feira e vai até o próximo domingo.
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Leia a matéria completaOs manifestantes devem seguir a pé até o Congresso Nacional, onde estão acampados defensores do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O encontro entre os dois grupos gera um clima de tensão pela possibilidade de um embate. Nesta manhã, a polícia apreendeu com um dos militantes do Movimento Brasil Livre (MBL), grupo pró-impeachment, armas como uma pistola, soco inglês e furador de coco. O policial reformado Jorge Luiz Damasceno foi preso por porte ilegal de armas.
Os manifestantes também protestam contra o ajuste fiscal. A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) está reunida em Brasília nesta semana em razão de um congresso da entidade. Eles dizem que a passeata também será contra o impeachment de Dilma e contra o corte de verbas na educação.
O secretário-geral da UNE, Thiago Ferreira, criticou o presidente da Câmara e a aprovação de medidas pela Casa como a aprovação da redução da maioridade penal. “É quase natural que tenhamos aderido ao Fora Cunha, que representa hoje esse conjunto de projetos retrógrados que atingem diretamente os estudantes. Já tivemos o protesto com dólares jogados nele na semana passada como forma de mobilização”, disse Thiago.
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Leia a matéria completaEmbora o protesto seja contra Cunha, há manifestante que sabe muito pouco sobre ele. É o caso de Irene Barbosa, militante do MST acampada no DF. Ela julgava que Cunha fosse o ministro de Minas e Energia. Irene citou várias outros motivos para estar no protesto. “Um dos motivos é a Petrobras. A barragem em Minas, para as autoridades tomarem providências. E sobre os direitos de todos os trabalhadores”, afirmou Irene.
Os manifestantes pretendem parar em alguns ministérios – Fazenda, Educação, Agricultura, e Minas e Energia - para fazer reivindicações ligadas a essas pastas. “É um ato em defesa da Petrobras, em defesa da democracia, por mudanças na política econômica. Também somos contra o impeachment de Dilma. É forçação de barra de quem perdeu a eleição. Diferentemente do presidente da Câmara, que tem denúncia da PGR e contas na Suíça”, afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas, que também participa da manifestação.
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