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| Foto: André Dusek / Estadão Conteúdo

Para demonstrar a intensa relação do publicitário João Santana com o PT, os procuradores da força-tarefa da operação Lava Jato citam, em denúncia apresentada na última semana, e-mail que mostram a grande influência do trabalho dele no partido e inclusive nos bastidores do governo federal. Há troca de e-mails entre o publicitário e ministros de Dilma, tratando de linhas de campanha para programas de governo e intermediações de reuniões com a petista com o ex-governador da província argentina de Córdoba, José Manuel de la Sota, e com o ex-ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger. Há ainda uma troca de mensagens com o presidente do PT, Rui Falcão,com uma tentativa de promoção do ex-presidente Lula. Veja os e-mails citados na denúncia do MPF no blog Delações Não Premiadas, no site da Gazeta do Povo.

Competência

Os delegados da Política Federal (PF) divulgaram nota lamentando o questionamento do Procurador-Geral Rodrigo Janot junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a competência da PF na propositura de acordos de colaboração premiada. “É lamentável a medida e seria um extremo retrocesso proibir o Delegado de Polícia de iniciar e impulsionar o procedimento de colaboração premiada”, diz a nota. Segundo a PF, caso seja deferida, a ação pode levar a anulação de importantes investigações, como Acrônimo e Lava Jato.

Muito trabalho

Quem acha que a Lava Jato está perto do fim pode estar enganado. De acordo com o procurador da República Deltan Dallagnol, 209 inquéritos foram abertos para apurar crimes relacionados à corrupção descoberta durante as investigações. Por enquanto, o MPF já apresentou 39 denúncias, segundo Dallagnol. Os inquéritos que desvendarem novos crimes também podem virar novas ações penais na Lava Jato.

Na casa dos bilhões

Até agora, segundo o MPF, R$ 2,4 bilhões estão bloqueados em contas no Brasil e no exterior por causa da Lava Jato. A expectativa dos procuradores é ressarcir os prejuízos causados aos cofres públicos por causa do esquema de corrupção desmontado na Lava Jato. O MPF já pediu R$ 25 bilhões em ressarcimento.

Contra a corrupção

O procurador da República Deltan Dallagnol disse, durante coletiva de imprensa para apresentação das denúncias contra o publicitário João Santana e outros investigados, que o impeachment da presidente Dilma não acaba com a corrupção no país. “Vivemos um momento muito especial do caso e da história do país e nos preocupa o fato de uma parcela da população ver a troca de governo como metade do caminho andado no combate a corrupção. Nós não concordamos com essa ideia”, ressaltou, citando projetos de medidas contra a corrupção, que, segundo ele, é institucionalizada no Brasil.

Junto com celebridades

O juiz Sergio Moro participou na semana passada de um jantar de gala promovido pela revista “Time” para homenagear as 100 pessoas eleitas pela revista as mais influentes do mundo. O jantar foi em Nova York e Moro foi acompanhado da esposa. O magistrado é o único brasileiro na lista, que conta com personalidades como a chanceler alemã Angela Merkel, os pré candidatos à Presidência dos Estados Unidos Donald Trump e Hilary Clinton, o presidente Barack Obama e o presidente francês François Hollande.

Devolução

O doleiro Carlos Rocha, alvo da primeira fase da Lava Jato teve o direito à restituição dos bens apreendidos durante a deflagração da operação. O juiz Sergio Moro determinou a devolução de joias, relógios e 10 gramas de ouro fino que haviam sido apreendidos na casa de Rocha. O doleiro teve o processo em Curitiba suspenso em setembro de 2014, com a condição de pagar uma multa de R$ 100 mil – o que foi cumprido, segundo o MPF. Rocha firmou acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República.

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