A votação do parecer favorável ao pedido de impeachment contra a presidente Dilma, segunda-feira (11), inaugurou uma semana com jeito de “batalha final” em Brasília.
A cidade amanheceu com uma divisória montada entre o gramado logo em frente ao Congresso Nacional até a altura da Catedral. Não houve político – nem funcionário público da Esplanada dos Ministérios – que não tenha se surpreendido com o impacto daquele “muro”, ainda solitário, a espera dos manifestantes que prometem aparecer por lá até sexta-feira (15). “Vai até quase a rodoviária, uma aberração”, exclamou um deputado federal.
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Logo no início da reunião da comissão do impeachment, Rogério Rosso (PSD-DF) aproveitou a “simbologia” imediata daquilo. “Independente do resultado do impeachment, o País precisa sair unido do processo”, discursou o presidente.
Mas o “esquema de segurança” não se restringia à parte externa. Também na segunda-feira, o Congresso Nacional inaugurou novas regras internas. Jornalistas credenciados, que fazem a cobertura diária da Casa, passaram a enfrentar a revista eletrônica, geralmente obrigatória apenas para visitantes. “Vai ser assim até dia 21”, avisou uma servidora da Casa.
Manifestantes também não podem mais circular livremente pela Câmara dos Deputados. Ao contrário do que ocorreu em outras datas, eles nem puderam chegar perto da porta do plenário 1, onde a reunião da comissão de impeachment foi realizada. O acesso ao longo “corredor das comissões” só ficou permitido a parlamentares, imprensa e servidores autorizados pelos políticos.
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