Os senadores Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e João Ribeiro (PR-TO) renunciaram nesta quarta-feira (15) às suas cadeiras no Conselho de Ética do Senado, um dia depois de serem eleitos para as vagas.
A decisão dos parlamentares ocorreu em meio à demora na instalação do conselho e a uma disputa pela presidência do colegiado, que poderá ter importante papel na apuração das eventuais responsabilidades do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), por supostas irregularidades na gestão da Casa.
Valadares, que chegou a ser cotado para presidir o Conselho de Ética, fez o anúncio durante a sessão do Senado.
"Considero altamente prejudicial ao trabalho de recuperação da imagem do Senado o adiamento da instalação do Conselho de Ética, o qual, há cerca de seis meses, não funciona e sequer, até a presente data, elegeu seu comando diretivo", discursou.
"Peço ao eminente líder senador Aloizio Mercadante (PT-SP) a substituição do meu nome como membro do Conselho de Ética. Essa é uma decisão irrevogável que estou comunicando ao plenário do Senado", concluiu.
Em seguida, o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), que presidia a sessão, leu uma carta enviada à Mesa Diretora da Casa por Ribeiro.
"Estou declinando de tão importante cargo unicamente por razões particulares", alegou Ribeiro por meio do documento.
Segundo integrantes do Conselho de Ética, o PMDB quer obter a presidência do órgão. A oposição ameaça obstruir a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) na sessão do Congresso marcada para as 16 horas se o conselho não for instalado.
Eleição de Trump ajuda na alta do dólar, mas maior vilão foram gastos excessivos de Lula
Empresas que controlam prisões privadas esperam lucrar com deportações prometidas por Trump
Peter Thiel, o bilionário que emplacou o vice de Trump e deve influenciar o governo
Lula fecha os olhos ao drama das crianças ucranianas
Deixe sua opinião