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A advogada do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, Ana Luisa Rabelo, disse nesta quarta-feira (8) que o sigilo fiscal do empresário Alexandre Bourgeois, genro do candidato tucano à Presidência, José Serra, teve dados sigilosos acessados na agência da Receita Federal de Mauá.

Sem dar detalhes, a Polícia Federal confirmou a informação e disse que já sabia da violação de dados do genro de Serra desde o início das investigações sobre a quebra do sigilo fiscal de tucanos na agência da Receita Federal em Mauá (SP).

Segundo a advogada, as informações foram acessadas a partir do computador de Adeildda Ferreira dos Santos, a mesma funcionária da Receita que teria consultado dados fiscais de Eduardo Jorge e outros três tucanos. A quebra de sigilo do genro de Serra ocorreu no dia 16 de outubro, de acordo com Ana Rabelo.

Como advogada do vice-presidente do PSDB, ela teve acesso, com autorização da Justiça, ao relatório da Receita Federal sobre os vazamentos. A informação de que Bourgeois teve o sigilo quebrado partiu desse relatório, segundo ela.

De acordo com a advogada, o sigilo de mais pessoas ligadas ao PSDB pode ter sido quebrado. "Aos poucos vamos vasculhando o relatório, que é muito extenso, e encontramos novos vazamentos", disse.

Procurada pelo G1, a Receita Federal disse que não poderia confirmar a informação porque a investigação está sob segredo de Justiça.

Sigilos à disposição

Em nota divulgada na última sexta-feira (3), a servidora da Receita Adeildda Ferreira afirmou que nunca contribui ou agiu "para a quebra de sigilo de nenhum contribuinte, seja ele político, famoso ou não".

Segundo ela, todas as suas contas bancárias estão à disposição da Polícia Federal, além do sigilo fiscal e telefônico. "Não há necessidade de pedidos judiciais".

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