O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta quarta-feira, 16, que o governo do PT, seu maior adversário neste pleito, é o responsável pela adoção das chamadas 'medidas amargas'. Ele acusou o PT ao ser questionado sobre a afirmação que teria feito sobre a necessidade de se adotar tais medidas no ano que vem, em sabatina promovida na Capital.
"Não há medidas impopulares, isso está virando lenda, são medidas necessárias que terão de ser tomadas. As medidas impopulares estão sendo tomadas pelo atual governo", disse, repetindo: "Não tenham dúvidas que vou tomar as medidas necessárias para colocar nosso País no caminho do crescimento. O reajuste real do salário mínimo este ano será de 1% apenas, é este cenário que nos trouxe o atual governo."
Aécio disse que faltou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fazer as reformas necessárias quando estava no poder. E voltou a dizer que o governo do PT, incluindo a atual gestão de Dilma Rousseff, sua concorrente neste pleito, é que vem adotando medidas amargas, sobretudo para a população mais carente. E afirmou que essa é a razão maior que mais de 70% da população pregarem mudanças. O tucano disse ainda que o Brasil é um País de obras inacabadas.
Aécio prometeu, mais uma vez, caso eleito, manter o Programa Bolsa Família. E chamou de terrorismo eleitoral os que dizem que o PSDB poderá acabar com ele, caso chegue novamente ao poder. "O que vou fazer é tirar este programa da agenda eleitoral e aprimorá-lo", destacou. "Os programas que estão dando certo, não terei problema em aprimorá-lo e continuar."
Mais Médicos
Aécio afirmou que o Programa Mais Médicos é importante, mas é preciso fazer mais no setor de saúde. Mas disse que é preciso rever o acordo feito com Cuba e que é fonte de contestações, sobretudo da oposição. Questionado se o governo cubano toparia fazer tal acordo, afirmou que aquele governo está sendo financiado pelo governo brasileiro, através do Mais Médicos. "Não vamos aceitar que Cuba fique sendo financiada pelo Mais Médicos, vamos rever essas regras", destacou, citando que é o governo de Cuba que deve se enquadrar nas novas regras.
Indagado sobre a declaração feita pelo presidenciável do PSB, Eduardo Campos, que disse que os tucanos estão nesta campanha com a ala conservadora do País, em referência ao apoio do PMDB, Aécio disse que não iria brigar com o socialista. "Esses conceitos de direita e esquerda são muito abstratos hoje", afirmou. "Quero um governo efetivo e eficiente", disse, criticando mais uma vez o governo petista, e lembrando que o sistema financeiro lucrou muito na gestão petista.
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