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Janot: ‘pixulecos’ de ministro do STF e procurador podem ter consequência jurídica

STF pediu para a PF investigar os responsáveis pelo boneco que relaciona o procurador-geral e o presidente da Corte a ‘petralhas’

Boneco de Rodrigo Janot é levantado em São Paulo | Marco Ambrosio/Frame/Folhapress
Boneco de Rodrigo Janot é levantado em São Paulo (Foto: Marco Ambrosio/Frame/Folhapress)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta quinta-feira (11) que fazer um boneco inflável pode ter consequências jurídicas. No mês passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) pediu à Polícia Federal para abrir investigação sobre os responsáveis por levar bonecos infláveis do presidente do STF, Ricardo Lewandowski, e de Janot a uma manifestação pelo impeachment no dia 19 de junho, em São Paulo. No boneco de Janot, havia um cartaz escrito “petralhas”, e o personagem segurava uma folha onde lia-se: investigações seletivas.

Para Janot, a questão não é o boneco, que é uma “forma divertida de se manifestar”. O problema é o que estava escrito no boneco. Segundo o procurador-geral, a palavra petralha é pejorativa e faz a acusação de um crime: favorecer um grupo de pessoas, que nesse caso seria o PT.

“É a palavra pejorativa no boneco que a meu ver imputa no mínimo prevaricação. Qual a carga semântica dessa palavra petralha? Ela vem das revistas em quadrinhos, dos irmãos Metralhas, que eram criminosos. E retrata um sujeito, que é do Ministério Público, que tem por obrigação constitucional a investigação de crimes. (A palavra idica) que eu prevarico na minha atividade, porque eu sou tão bandido como uma turma que eu não investigo por causa da prevaricação”, argumentou Janot, no seminário Corrupção Sistêmica: os controles falharam?, em São Paulo.

“É por isso que eu acho que a mensagem contida no boneco é merece, sim, uma análise jurídica. O boneco em si, eu morri de rir. Mas chamar de petralha e fazer essa imputação de crime. Isso tem consequência jurídica”, acrescentou.

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